segunda-feira, 2 de maio de 2011

Assim como que um 10 de Junho antecipado

"Aquelas qualidades que se revelaram e fixaram e fazem de nós o que somos e não outros; aquela doçura de sentimentos, aquela modéstia, aquele espírito de humanidade, tão raro hoje no mundo; aquela parte de espiritualidade que, mau grado tudo que a combate inspira ainda a vida portuguesa; o ânimo sofredor; a valentia sem alardes; a facilidade de adaptação e ao mesmo tempo a capacidade de imprimir no meio exterior os traços do modo de ser próprio; o apreço dos valores morais; a fé no direito, na justiça, na igualdade dos homens e dos povos; tudo isso, que não é material nem lucrativo, constitui traços do carácter nacional.
Se por outro lado contemplamos a História maravilhosa deste pequeno povo, quase tão pobre hoje como antes de descobrir o mundo; as pegadas que deixou pela terra de novo conquistada ou descoberta; a beleza dos monumentos que ergueu; a língua e literatura que criou; a vastidão dos domínios onde continua, com exemplar fidelidade à sua História e carácter, alta missão civilizadora - concluiremos que Portugal vale bem o orgulho de se ser português".



2 comentários:

jorge saldanha disse...

Pois é, Zé!!!! Nem tudo do séc. passado foi mau. Com a crise por que estamos a passar e com tendência para agravar...poderemos voltar a ter um estadista como o autor destas palavras que tu nos mostras. No séc. IXX, começou uma crise que acabou com a entrada deste Senhor para as finanças. Espero que para se sair desta não seja necessário chegar a tanto, nem em tempo nem em chefe de Governo.

Anónimo disse...

pois é Zé, o problema é que eu cada vez acredito menos que nós tenhamos qualidades para vivermos como um país livre e independente.