domingo, 8 de maio de 2011

A Guiné, lá longe. Hoje aqui tão perto.

O tempo, hoje, andou para trás.
Por umas horas, meia centena de penicheiros sessentões juntaram-se à volta da mesa e "regressaram" à Guiné - revivendo os episódios por que passaram há trinta e tal, quarenta anos, emocionando-se com as tristezas e alegrias dos dias, meses e anos roubados à sua juventude por supostos serviços a bem da nação.
Sem ressentimentos, sem divergências, sem cores, sem hinos nem bandeiras. A Guiné foi o único tema: o rio, a bolanha, a tabanca, o quartel, os ataques, as defesas, o medo, a coragem, as bajudas, o homem-grande, a ferida, a morte, os que ficaram, os que, como quase todos nós, vieram, mas lá deixaram uma grande parte de si.
Ao fim e ao cabo, hoje, festejámos a vitória de regressarmos e estarmos vivos !
Hip, hip, hip, hurra!



1 comentário:

Anónimo disse...

Pois é, meu caro Zé, Guiné, Angola, Moçambique, são hoje espólio das nossas recordações.
O que me custa mais ainda é o desprezo com que a Pátria olha para nós.
Essa injustiça é difícil de suportar.
Um abraço