sexta-feira, 30 de maio de 2014

Demorei 50 anos, mas sou fã dos Rolling Stones!

Exceptuando “Angie, Miss You, Wild Horses e Satisfaction” eram, confesso,  dos  mais de 450 temas que (descobri agora) compõem a discografia dos Rolling Stones, a motivação relativa que me fizeram ontem visitante do Rock in Rio em Lisboa. E digo relativa porque, para mim, os Stones nunca foram a banda – aquela que a gente sempre escolheria se ligássemos para o “quando o telefone toca” do Matos Maia ou que comprassemos um single quando aquele tio-porreiro nos desse as broas da Páscoa.
Se a toda esta preparação psicológica juntarmos o desconforto de oito horas em pé no meio de 90.000(?) pessoas, a desinteressante (e vergonhosamente desinteressada) actuação de Rui Veloso, as músicas-a-papel-químico dos Xutos & Pontapés e o arrefecimento nocturno que a  música (excelente, mas em ambientes diferentes) de Gary Clark Jr não contrariou, a noite "prometia"…
Mas, felizmente, a vida tem destas coisas inesperadas e boas: enganei-me!
Afinal, os Rolling Stones – os dinossauros do rock’n’roll -  trocaram-me as voltas e deram-nos uma tamanha lição de profissionalismo que nunca mais vou esquecer ao ver aqueles septuagenários actuarem (quase) como há 40 ou 50 anos atrás, com o baterista Watts a martelar tambores em regime de energia auto-renovável, com as guitarras de K.Richards sempre em grande plano e (cereja no topo do bolo) a entrega de sir Mick Jagger que durante duas horas não parou de correr, de cantar e de animar a malta.
Em grande. E que grande aposta de vida.
A terceira idade já não é o que era e depois de hoje ter ficado fã destes Rolling Stones passei a dar razão a uma senhora de quem muito gosto: “ a velhice é, primeiro, um estado de alma!


1 comentário:

jkimilas disse...

and so, do you get satisfaction?