segunda-feira, 31 de maio de 2010

Nem com o volkswagen lá vou

A pouca simpatia que nutro pela Alemanha terá começado (aos quadradinhos) sentado no spitfire MkV do major Alvega na sua luta diária contra os messerschmitt Bf109 da força aérea hitleriana. Antipatia que, naturalmente, foi crescendo com o conhecimento das atrocidades cometidas pelos nazis em nome dos ideais nacionalistas de um tal Adolfo de ascendência duvidosa, como ainda hoje e aqui a história questiona.
É claro que este "desamor" não impediu o reconhecimento do valor do povo alemão na reconstrução do seu país, especialmente a sócio-económica.
Mas, ainda assim, nunca fui grande consumidor da coisa alemã - nem mesmo os seus Audis, Mercedes ou Porsches me despertavam qualquer (óbvio) apetite.
No entanto, o ano passado, os seus rigor e supremacia técnica no ramo automóvel levaram-me a admitir um clima pró. E, vai daí, experimentei-os com um Volkswagen.
E, (com diz o anúncio) mudasti?
Mudar, mudar como? - então depois da hipocrisia ariana se evidenciar cada vez mais na crise da União Europeia e de hoje ter levado à demissão do presidente da república alemã por falar verdade, o que é que mudou?
Provavelmente, o muro !

sábado, 29 de maio de 2010

Ai se sesse

Ontem não pude assistir à poesia com sotaque que se declamou em Peniche.
No entanto, este tesourinho que aqui deixo (para ouvir e ler ao mesmo tempo) , dá para imaginar como poderá ter sido o serão cultural e, ao mesmo tempo, entender bem como a língua portuguesa é (sempre) linda - a preto e branco ou a cores!
ai se sesse

Se um dia nós se gostasse ,
Se um dia nós se queresse ,
Se nós dos se impariásse ,
Se juntinho nós dois vivesse !
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse ,
Se juntinho nós dois morresse !
Se pro céu nós assubisse ?
Mas porém , se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse ,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse ?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!

(Zé da Luz)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Gosto de ouvir certos ...

Confesso que me apetecia intervir sériamente na "discussão do momento" na blogosfera penicheira, porque me lembro do triste episódio aqui referido e porque, desde sempre, me manifestei contra a opção de atribuir covos, redes, anzois, etc. a ruas da nossa terra, com tanta gente potencialmente merecedora desse tipo de homenagem.
Mas, como disse, apetecia. Porque, entretanto, a leitura de alguns comentários recordou-me um velho ditado local, da autoria (dizem) de um senhor chamado Chalica. E, quando esse ditado predomina, meus amigos, só há uma solução:
- ir dar uma volta para espairecer!
Foi o que eu fiz. Entrei na www: andei, andei, andei e ... fiquei por
aqui.
Experimentem - pode ser que desanuviem e se sintam direccionados para um bom fim de semana!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Heranças




"Ser feliz (também) é termos ao nosso lado o prolongamento do nosso coração, e melhor, do nosso pensamento!"

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ó pátria sente-se a voz

O mistério aqui noticiado, que envolve uma urna transladada de Angola para o cemitério da Bufarda com (supostamente) os restos mortais de um ex-combatente falecido na Guerra Colonial, fez-me recordar um poderosíssimo poema que Jorge Sena dedicou "A Portugal" que começa assim:
"Esta é a ditosa pátria minha amada. Não.
Nem é ditosa, porque o não merece. Nem minha amada, porque é só madrasta. Nem pátria minha, porque eu não mereço A pouca sorte de nascido nela."
E assim acaba:
"És cabra, és badalhoca, és mais que cachorra pelo cio, és peste e fome e guerra e dor de coração. Eu te pertenço mas seres minha, não."

Ler poema completo

terça-feira, 25 de maio de 2010

O perdão de Cobain

Quando, ontem, aqui deixava que "Portugal tem outros caminhos, outras culturas, outras viabilidades" mal eu sabia que, na passada 5ª-feira, Mariza (fadista) fizera esta gracinha num espectáculo em Liubliana/Eslovénia e que, no dia seguinte, em Lisboa, a repetira perante uma plateia de milhares de pessoas, predominantemente portuguesas.
É claro que se trata de pura coincidência. Mas, que (também) ela já percebeu que Portugal pode ter outros "fados", já percebeu.
Vejam só como é fácil quando acreditamos e queremos!
(Quanto ao resto... esperemos que Cobain a perdoe como, provavelmente, já o terá feito a Caetano Veloso).


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Portugal em Full Screen

Apesar da revolução de Abril, da democracia com todos os seus avanços e recuos e dos efeitos da globalização, a triologia do EFE continua a imperar na cultura portuguesa.
Habitualmente, é em Maio que a cultura F atinge o seu ponto máximo: com o início das celebrações marianas em Fátima, com o encontro do campeão nacional de Futebol e com o lançamento das novas produções do Fado.
Este ano Maio cumpriu-se. E, se Bento XVI e o SLBenfica valorizaram a tradição do F, a composição musical que o bloco central lançou no mercado político nacional não está a entrar muito bem nos ouvidos dos portugueses porque, apesar de Fado, parece que lhe trocaram a letra - pelo menos as vogais...
Mas, Portugal tem outros caminhos, outras culturas, outras viabilidades. Há que dizê-lo e mostrá-lo - como esta peça que pode ser vista no nosso pavilhão Exposição Mundial de Shanghai.
Só falta crermos e querermos!

domingo, 23 de maio de 2010

Ei-los que partem


Porque, para além de um filho, Peniche perdeu hoje mais um amigo,
associo-me ao adeus a Beto postado pela Ângela no seu a.b.r.i.l. de hoje.

Domingo - dia de tomar banho e

... ir almoçar uma "big borla" a um qualquer Mc Donalds perto de si:

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Puno, logo hesito

Quando leio coisas destas, penso que, às vezes, a ingenuidade e a incompetência andam ministerialmente de mãos dadas.
Como é possível um governante dar sinais de hesitação quanto ao legislar sobre a punição de actos de incumprimento/desobediência?

Neste particular é a punição pelo desrespeito da legislação sobre os perigos existentes nas praias e arribas, um crime diário aqui para as nossas bandas.
Não basta saber-se da complacente vigilância da autoridade? ou, será por isso?