segunda-feira, 18 de abril de 2011

Atracção fatal

Não(?) sei a mando de quem, José Sócrates criou à volta da palavra FMI o mesmo temor com que o salazarismo benzeu algumas palavras da sua época, como socialismo, democracia ou liberdade.
À medida que os esbirros da alta finança avançam na sua análise sobre alguma da verdade financeira da governação Portuguesa, é cada vez mais evidente, até aos olhos do mais leigo cidadão-contribuinte-eleitor, a premência de uma qualquer intervenção de fundo nas finanças do Estado, venha a ela a ter o nome (e as consequências) que tiver, tal o ponto de falência do 25 de Abril em que - como diria Otelo Saraiva de Carvalho - deixaram caír o país.
Se já por si, a sigla FMI (de Fundo Monetário Internacional) acarreta expectativas sociais pouco animadoras, as notícias do que se está a passar nas deprimidas almas Grega e Irlandesa pouco abonam em sua defesa psicológica.
Acho até que os sociólogos portugueses deveriam começar a experimentar mudar a imagem da palavra FMI.
Se, por exemplo: Fundo de Melhoramentos dos Infelizes.
Então, mantendo as suas principais e dolorosas características, não era mais atractiva?

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