domingo, 10 de abril de 2011

Le roi est mort. Vive le roi

Com bilhete ou sem ele, tenho por hábito assistir pessoalmente a, pelo menos, uma sessão dos Congressos do Partido Socialista.
Desta vez, como as agendas não coincidiram, restou-me "ver e ouvir" o que as editoras de política nacional quiseram mostrar ao país.
Ora, do que foi dito e visto, relevante, relevante será a abertura da consciência socretina ao aconselhamento da (sua) oposição interna - apesar da relativa importância que estas forças "light" sempre têm nas monarquias partidárias.
Ou seja, ninguém acredita que a (re)entrada em actividade de meia dúzia de ex-dirigentes e influentes socialistas tenha sido feita à "la minute". Então, aquilo que de mais importante poderá marcar este congresso não será tanto a "coesão e unidade" consensualizadas a Norte.
Do cumprimento do caderno de encargos negociado entre Sócrates e esses príncipes do Congresso de Matosinhos dependerá a credibilidade - para os militantes socialistas primeiro e para o eleitorado depois - da nova estratégia para governar Portugal, enraízada no humanismo socialista que sempre distinguiu o PS - em vez da polémica, incauta e subserviente governação fruto de uma liderança muito individualizada, que, nos último dois anos, mais concentrou a sua excelência em cruzadas políticas, pouco ou nada importantes para o bem da nação.
Assim não sendo, então o XVII Congresso terá sido assim como que um Páteo das Cantigas.



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