terça-feira, 31 de maio de 2016

sexta-feira, 27 de maio de 2016

A uma vida assim mesmo

A comemoração de hoje tem um colaborador porque era assim que queria celebrar a efeméride e dentro da minha jornada "on line" não encontrei texto que melhor ilustre a Vida, neste caso uma vida que começou há trinta e seis anos.
"Viver é uma peripécia. Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota. Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo.
Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida. Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros. Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera.
Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade. A vida não é fácil, nem justa, e não dá para a comparar a nossa com a de ninguém. De um dia para o outro ela muda, muda-nos, faz-nos ver e sentir o que não víamos nem sentíamos antes e, possivelmente, o que não veremos nem sentiremos mais tarde.
Viver é observar, fixar, transformar. Experimentar mudanças. E ensinar, acompanhar, aprendendo sempre. A vida é uma sala de aula onde todos somos professores, onde todos somos alunos. Viver é sempre uma ocasião especial. Uma dádiva de nós para nós mesmos. Os milagres que nos acontecem têm sempre uma impressão digital. A vida é um espaço e um tempo maravilhosos mas não se contenta com a contemplação. Ela exige reflexão. E exige soluções.
A vida é exigente porque é generosa. É dura porque é terna. É amarga porque é doce. É ela que nos coloca as perguntas, cabendo-nos a nós encontrar as respostas. Mas nada disso é um jogo. A vida é a mais séria das coisas divertidas.

Joaquim Pessoa, in "Ano Comum".

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Sport Pequim e Benfica


Não tenho culpa.
Mas há ocasiões em que ouvir LuisFVieira a tentar falar à massa benfiquista, em linguagem politicamente correcta,  sobre o que quer que seja relativo ao SLB, fico tão agoniado com esse seu esforço tremendo para explicar as "possibilidades de pegar num pedaço de merda pelo lado limpo", que me chego a sentir ofendido por tamanha desconsideração intelectual.
Mania da importância, dirão. Nada disso! Basta dar atenção seus aos comentários, desculpas e desmentidos - sem facciosismos: transparece (quase) sempre uma falta de convicção melhor que o algodão.




Por isso é que, hoje, quando li a notícia do desmentido da venda do nome do estádio da Luz (por 10 anos)  aos chineses, achei mesmo que a verdade é muito capaz de ser a outra.
Até breve!    



terça-feira, 24 de maio de 2016

O onze dos milhões

Feita a convocatória de Fernando Santos para a constituição da Selecção Nacional de futebol para o Europeu 2016 em França, relevadas que estarão as inexplicabilidades do costume, resta-nos aceitar a decisão do seleccionador e, à semelhança das outras competições deste nível, escolher o nickname (alcunha) para a equipa de (11) portugueses que, certamente, tudo fará para alegrar os seus (11 milhões) compatriotas.
Dos inesquecíveis magriços do Mundial/1966, aos fracassados navegadores do Mundial/2010, passando pelas sempre grandes promessas goradas dos Europeus: patrícios/1984, lusitanos/1996 e viriatos/2008, há que concentrar numa única palavra todo o potencial desta selecção, o querer dos seus jogadores, e, claro, um pouco do habitual místicismo à portuguesa.
Andava eu nesta cogitação quando, de repente, me ocorreu o bem português: MANGUITO - "gesto realizado com os dois braços, cruzando-se um sobre o outro, mantendo-se um deles na vertical, e que serve para ofender alguém" (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa).

Olha que bem! 
E que equipa de bem sucedidos!
Se bem pensei, melhor o fiz e aqui proponho, just because...


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Às armas e aos varões assinalados


Então é assim:
"A chefe de um gabinete de uma das secções do DIAP no Campus da Justiça, em Lisboa, publicou no Facebook um vídeo em que improvisa uma dança no varão com várias colegas no local de trabalho.
A história é contada na última edição da revista "Nova Gente". As imagens mostram a chefe do gabinete do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) e outas colegas a improvisarem uma dança no varão, em ambiente de grande descontração." 
Vergonha, disseram uns! Desrespeito pela Justiça e regras da Ordem dos Oficiais de Justiça, alegaram outros! 
Eu (já que ninguém me pergunta) sempre defendi, participativamente, que este tipo de pequenos episódios pr'alegria no trabalho só favorecem a produtividade.
Neste caso, porém, a dança mais apropriada talvez fosse o Kizomba, porque, culturalmente, seriam menores os riscos de sanções disciplinares...


domingo, 22 de maio de 2016

Xi-coração





"Já me perdi sem rumo certo
           Já me venci pelo cansaço.




 Estando longe, estive tão perto 
                      Do teu abraço"




(Miguel Gameiro)

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Albardas, burros e quejandos

Hoje à noite, não sei porquê, ao ver a fotografia publicada por aí de onde retirei esta imagem, lembrei-me do mais célebre fabulista francês, Jean de La Fontaine,  mais precisamente de uma das suas fábulas mais conhecidas: "o velho, o rapaz e o burro", cuja (re)leitura aconselho vivamente, para que o seu final possa vir a ser o fecho da história que, boato ou talvez não, vai alimentando a, já de si suspeita, actividade politico-partidária do concelho a pouco tempo das grandes opções autárquicas:
"Do que observo me confundo, por mais que a gente se mate nunca tapa a boca ao mundo.Rapaz, vamos como dantes, sirvam-nos estas lições; é mais tolo quem dá ao mundo satisfações"
A verdade, porém, é que todos somos humanos. Por isso, legítima e naturalíssima será a tentação de experimentar, desobedecendo a regras, a preceitos, quiçá à honra...
O risco depende da arte de bem perceber quem nos rodeia. E aí, La Fontaine enquanto pródigo pensador, também deixou:
"é preciso, quando se pode, obrigar todo o mundo: muitas vezes precisamos de alguém menor do que nós..." 


terça-feira, 17 de maio de 2016

De padeiro e de louco, todos temos um pouco



O presidente Marcelo manifestou recentemente "Estar esperançado que seja possível, com rapidez, encontrar um entendimento".



É claro que todos nós concordamos com esta procura de sua excelência, mas o senhor presidente acha que é a conhecer padarias?







segunda-feira, 16 de maio de 2016

Heil Paulus!

(Reportagem feita por António Cascais para a televisão pública alemã que põe a nu um dos mais polémicos casos de corrupção em Portugal.)

domingo, 15 de maio de 2016

Glória aos vencedores


Obrigado Grunho Carballo, Jorge Jasus e Otave Machade, pela motivação (EXTRA) que destes a toda a equipa de futebol do SLBenfica com a vossa postura ordinária (indigna do clube que representais) durante TODO o campeonato.
Se por si só, o 35º (com um tri seguidinho) sabe bem, saber da inveja e dor que vos vai causar dá-me um prazer suplementar.
Aos meus amigos sportinguistas, naturalmente mais humildes, educados e merecedores de compaixão desportiva, manifesto aqui a minha exaltação de "honra aos vencidos".

sábado, 14 de maio de 2016

Até à vista (ex)camaradas!

Apesar de não seres propriamente uma criança no mundo da política; apesar de não desconheceres as regras do jogo; apesar de saberes que, para muitos, a honestidade e a fidelidade são, fundamentalmente, uma questão de preço; apesar de saberes que a ambição não rejeita armas.
Apesar de tanto a pesar, é quando olhas para alguns fiéis companheiros da luta pela opinião não formatada - pensadores por mente própria - e constatas as suas asquerosas mudanças camaleónicas, que reparas no quão maravilhoso é o expectável mundo animal... 

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Cazuzando.

"Que o dia nasça lindo pra todo mundo amanhã. 
Com um Brasil novo, com uma rapaziada esperta! 
Valeu…"!? 
(Cazuza)
Clikimagem



terça-feira, 10 de maio de 2016

Acanhamentos extrovertidos

Quando visualizei o vídeo que hoje aqui deixo (I'm a creep) - retratando o medo que assombra alguns homens perante a oportunidade de tomar a iniciativa para abordarem uma  mulher que lhes desperta interesse - recordei alguns "filmes" do antigamente, cujo protagonista poderia ter sido qualquer um... 
Se, como diz a letra da banda sonora: "you were so fucking special" fica só a música!

domingo, 8 de maio de 2016

Poesia no meu quintal (II)

Clikimagem
Depois, lá têm 
Os seus meninos,
Tão pequeninos
Ao pé da mãe.

Nunca se faça
Mal a um ninho,
À linda graça
De um passarinho!

Que nos lembremos
Sempre também
Do pai que temos,
Da nossa mãe!
 (Afonso Lopes Vieira)

quinta-feira, 5 de maio de 2016

terça-feira, 3 de maio de 2016

Brindemos ao Sol

Che bella cosa na jurnata 'e sole,
N'aria serena doppo na tempesta!
Pe' ll'aria fresca pare gia` na festa,
Che bella cosa na jurnata 'e sole.
Ma n'atu sole cchiu` bello, oje ne', 'o sole mio, sta 'nfronte a te!
O sole, 'o sole mio, sta 'nfronte a te, sta 'nfronte a te!
Quanno fa notte e 'o sole se ne scenne,
Me vene quase 'na malincunia.
Sotto 'a fenesta toia restarria,
Quanno fa notte e 'o sole se ne scenne.
Ma n'atu sole cchiu` bello, oje ne', 'o sole mio, sta 'nfronte a te!
O sole, 'o sole mio, sta 'nfronte a te, sta 'nfronte a te!
Que bela coisa uma jornada de sol,
um ar sereno depois da tempestade.
Pelo ar fresco parece já uma festa,
Que bela coisa uma jornada de sol.
Mas um outro sol mais belo, oh garota, o meu sol, está na sua fronte...
O sol, o meu sol, está na sua fronte, está na sua fronte.
Quando desce a noite e o sol deita-se,
me pega quase uma melancolia.
Ficaria em baixo da sua janela,
quando desce a noite e o sol deita-se.
Mas um outro sol mais belo, oh garota, o meu sol, está na sua fronte...
O sol, o meu sol, está na sua fronte, está na sua fronte.