Mostrar mensagens com a etiqueta educação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta educação. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Abjecções de consciências

Isabel Moreira, num curto, mas excelente artigo sobre a hipocrisia que contamina o actual movimento (da direita ressabiada e seus pares) a favor do direito à objecção de consciência relativamente ao tema Educação para a Cidadania, escreveu ontem no Expresso: "ainda sou do tempo em que a escola me obrigava a frequentar as disciplinas clássicas e a frequentar a escola da vida, essa que me dizia, sem contraditório, dos “maricas”, dos paneleiros”, das “putas” que se punham a jeito, do “ homem não chora “, do “preto da Guiné“, do “cuidado com o cigano“, do “não sejas judeu“, a escola do eu e os outros".
E eu, aluno da mesma escola, em vez de aí aprender (p.e.) a ler Redol, Natália Correia ou Sartre, a ouvir Zeca Afonso, Baez ou Ferré e a ver Macedo, Godard ou Buñel, ainda fui obrigado a frequentar uma formação criada à imagem e semelhança da praticada pelas ditaduras recém vencidas pela Democracia, baseada no pensamento único de um chefe único, em nome e a bem do seu Estado. 
Como se tanto não bastasse, pecadores como eu catequizavam-me com o medo pelo pecado da carne - "pensado ou cometido era indiferente, merecia castigo" - diziam...
Por tudo isto, tardiamente e à minha custa, percebi que havia (muito) mais vida para além daquela programada pela estranha triologia do "Deus, Pátria e Família" tão redutora quanto salazarenta.
Tardiamente, é certo - graças à família, aos amigos e a mim próprio - aprendi a puder fazer escolhas, fugindo às unicidades educacionais a que o Estado, enquanto seu principal instituidor, me obrigou. 
Um pouco tardiamente aprendi a pensar, a escolher e a, bem ou mal, decidir; mas, portanto, completei o teorema: Existo!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Com fra(n)queza


Sobre esta tentativa pedagógica(?) de levar as crianças a perceberem a PSP (ou, talvez, ao contrário) ontem publiquei um "sentimento facebookiano" que dizia assim:

"Não sei onde mora a hipocrisia...
Se n
a cabeça de quem planeou isto, na de quem permitiu, na de quem executou ou - e porque não (?) - nos comentaristas que vão surgindo nas partilhas (onde, naturalmente, eu me incluo)."



É claro que as reacções de todos os comentadores foram no sentido contrário à bondade da iniciativa.
No entanto, até agora, ainda não consegui resistir a perguntar-me qual a razão que nos levou a tamanha solidariedade crítica enquanto aceitamos(...) a impunidade da violência gratuita que diariamente "cola" as nossas crianças às TV's, às playstations e aos novos artefactos da diversão via internet.
Pois é: às vezes há razões que a própria Razão desconhece!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Recomendações

"Escolarizando o Mundo examina o pressuposto escondido da superioridade cultural por trás dos projetos de ajuda educacionais, que, no discurso, procuram ajudar crianças a "escapar" para uma vida "melhor".
Aponta a falha da educação institucional em cumprir a promessa de retirar as pessoas da pobreza -- tanto nos Estados Unidos quanto no chamado mundo "em desenvolvimento".
E questiona nossas definições de riqueza e pobreza - e de conhecimento e ignorância - quando desmascara o papel das escolas na destruição do conhecimento tradicional sustentável agroecológico, no rompimento das famílias e comunidades, e na desvalorização das tradições espirituais ancestrais".


"Finalmente, o filme-documentário faz uma chamada ao "diálogo profundo" entre as culturas, sugerindo que nós temos, ao menos, tanto a aprender quanto a ensinar, e que essas sociedades sustentáveis ancestrais podem ser portadoras do conhecimento que é vital para nossa própria sobrevivência." (Editora)

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Almas Negras (de merda)

Se é verdade que a Inteligência não escolhe pessoas e que a Educação não depende das origens, porque é que as Academias permitem este enviesamento de uma tradição secular, deixando o traje académico esconder a mediocridade humana que estas praxes revelam à opinião pública, denegrindo a imagem do Estudante?


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Já vomito BPN



Há coisa de uma semana, na Biblioteca Municipal, perante uma dúzia de colegas da Oficina de Escrita Criativa, fui desafiado a revelar uma das coisas que eu menos gostasse. 
A minha resposta, talvez condicionada pelo ambiente cultural envolvente, foi a Ignorância - pensando na forma desprezível como a Educação e Cultura continuam a ser ministradas às gentes portuguesas, com os resultados que se conhecem sempre que são tornadas públicas contas estatísticas e inquéritos feitos. 
Naturalmente, a política tem aqui cabimento. E, apesar do respeito que sempre dou a TODAS as opiniões, passados 40 anos sobre o fim(?) do regime salazarento acho que continua a haver muito dessaber político por esse país fora e, pior, há multidões a deixarem que outros pensem, raciocinem e ajam por si.
Talvez por recusar este culto, acreditem ou não, nunca perdi mais que um minuto a ver/ouvir os comentários semanais de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI. (tal como, aliás, mais recentemente, os de Marques Mendes e de José Sócrates). 
Como bloguista, é claro que não ignoro os reflexos seguintes aos comentários de tão nobres artífices de opinião, cuja teorias políticas, levadas à prática, tão fracos resultados deram.
Aliás, é de uma dessas ressacas marcelistas que hoje aqui trato, ilustrando-a com a forma (nojenta) que já me causam o BPN, os seus apóstolos e Pilatos a quem toda a gente, parece, querer dar toalhas.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Responde lá, ó Crato!

De entre as * diversas reacções dos professores à sua "prova de avaliação" marcada para hoje pelo ministério da Educação, deixo aqui a que mais me impressionou pela repulsa causada, pela incompreensão que continuo a sentir por esta dúvida lançada pelo ministério/ministro sobre a qualidade de ensino das suas Universidades/Escolas Superiores que formam professores e, principalmente,  pela inteligência da pergunta que a entrevistada lança a Nuno Crato:
"- O ministro Nuno Crato anda a fazer de nós, professores, autênticos fantoches!
- Eu tirei o curso de educação física e desporto escolar, fiz mestrado, estagiei dois anos (com relatórios semanais dos avaliadores) e trabalho há quatro anos como professora de educação física no ensino público. O que é que o senhor ministro me quer avaliar? O quê? 
- Será que Nuno Crato foi obrigado a fazer prova de avaliação antes de lhe entregarem o cargo de ministro?" 
 (* Antena1)   

sábado, 27 de agosto de 2011

TOP + ou - ???

Acreditem, ou não, este vídeo passou na RTP (programa TOP+) por volta das 15 horas num destes últimos sábados à tarde.
Será que naquela casa em saldo já não resta ninguém com um pingo de consciência/inteligência, ou sou eu que estou mesmo a ficar velho?

terça-feira, 19 de julho de 2011

À Mocidade que (se) passa

 
Assim, lá vamos (outra vez), cantando e rindo, levados levados sim ....

"Cale-se a voz que, turbada, 
De si mesma se espanta,
Cesse dos ventos a insânia,
Ante a clara madrugada,
Em nossas almas nascida.
E, por nós, oh! Lusitânia,
-- Corpo de Amor, terra santa --
Pátria! Serás celebrada,
E por nós serás erguida,
Erguida ao alto da Vida!"

terça-feira, 5 de abril de 2011

Desígnios

A sabedoria popular diz que só teremos a vida completa quando plantarmos uma árvore, tivermos um filho e escrevermos um livro.
Se assim fosse, apesar da minha modesta produção em qualquer destas tarefas, já há muito que poderia considerar-me realizado.
Se, no plantio de árvores e arbustos já levo uma conta muito razoável e no capítulo dos filhos bisei o objectivo, no que ao livro escrito respeita, tenho de admitir que fiz batota ao considerar como O livro as crónicas que durante anos publiquei no jornal a Voz do Mar acrescidas do que aqui deixo todos os dias.
No entanto, até hoje nunca me achei de vida completa ou realizada, porque entendi que esse objectivo só estaria cumprido no dia em que, satisfeito o ditado popular, também se encerrasse o capítulo relativo à instrução profissional por que optaram os meus descendentes.
É por isso que hoje agradeço à Ana Mafalda a conclusão desse último grande objectivo da minha vida, iniciado há oito anos pelo Diogo.
Parabéns filha. Obrigado por me teres livrado desta tarefa!
Finalmente sou um homenzinho... e feliz.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Educar para (se) servir

Já tinha uma ideia de que a luta entre a Ministra da Educação e a "falência eminente" do Ensino Privado arquitectada por um grupo de representantes de escolas particulares/mas subsidiadas, teria a ver, provavelmente, com o seu estado de falência técnica (passivo>activo) motivada pela mesma simples razão que afectou milhares de empresas comerciais e cujo direito de exigir abrigo do Estado foi ZERO.
Porém, tentei pôr de lado esta semi-fixação e procurei ajuda aritmética. Então:
Um + Um + Um = X
É por causa deste valor X que, também aqui, os meus impostos deveriam ser utilizados com muita mais parcimónia.

domingo, 19 de setembro de 2010

A bem da Nação

Depois de assistir a esta mensagem da ministra da Educação, digam lá se não dá vontade de voltar à escola e tentar ser um orgulho da Nação?


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Bruna - a real

Penicheiros, a confirmar-se esta notícia, a cultura musical da nossa terra vai, finalmente, melhorar.
A mim, só me resta desejar que a senhora professora ainda tenha umas horitas para dar música na Universidade Sénior, e piano, que é o meu sonho!
Por isso, (só pode ser) bem vinda, professora Bruna!