terça-feira, 31 de maio de 2011

Parcerias PP (signifique isso o que se quiser)

Apesar da minha insignificante militância, apesar do mau, do muito mau e do péssimo, pesar de acreditar que, sinceramente, ninguém acredita. Apesar de tudo, não mudo de clube nem rasgo o cartão de sócio.
Mas que há más histórias bem contadas, lá isso há!
... e o dom(?) não é do narrador!



segunda-feira, 30 de maio de 2011

Hoje deu-me forte (e ainda bem)


Não canto porque sonho.
Canto porque és real.
Canto o teu olhar maduro,
teu sorriso puro,
a tua graça animal.

Canto porque sou homem.
Se não cantasse seria
mesmo bicho sadio
embriagado na alegria
da tua vinha sem vinho.

Canto porque o amor apetece.
Porque o feno amadurece
nos teus braços deslumbrados.
Porque o meu corpo estremece
ao vê-los nus e suados.



(Fausto e Zeca cantam Eugénio de Andrade)

sábado, 28 de maio de 2011

Acordes da língua portuguesa



Se o Jaime Gama, o Jorge Palma, a Florbela Espanca e o Mário Mata, o que é que a Rosa Lobato Faria?

E, já agora: alguém acredita que a Zita Seabra para o António Peres Metello?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ao meu 31

Ai se eu tivesse a tua idade... ai, ai !
(Só não gostava porque não era teu pai.)


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ecologias comunistas

A grande dúvida que subsiste sobre a vergonhosa utilização das Escadarias Monumentais da Universidade de Coimbra para a propaganda eleitoral da CDU passa por saber quem a ordenou: os comunistas do PCP ou os Verdes do PEV?
Uma coisa é certa, não foi (nunca é) bonito o que fizeram ao património histórico da universidade, da cidade e do país.
Nem a habitual isenção partidária dos estudantes resistiu a tamanho acto de vandalismo.
Conceito duvidoso de uma filosofia(?) política, ou preconceito de uma sociedade - o que aqui parece ficar bem à vista é o desencontro da prática com as teorias.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

To be or not (you)tube

As notícias sobre a história do vídeo do momento, que marca a semana (não só pela agressão, mas pela actuação das testemunhas) divergem quanto à passividade, quer dos pais da agredida, quer da própria Justiça do país.
Conheço dois casos semelhantes (sem filmagens) em que os pais dos agredidos participaram os feitos às autoridades policiais, cujas diligências ditaram o arquivamento dos processos - por insuficiência de provas, constava.
É claro, para mim, que essas insuficiências terão resultado de algum laxismo que sempre aparece em casos envolvendo gente de bom nome - ou seja, quando se utilizam justificações circunstanciais para não se apurarem responsabilidades que possam penalizar a família.
Por isso é que, às vezes, nos questionamos sobre o "merecer a pena" reclamar por justiça. Por isso é que, às vezes, casos duplamente deploráveis como este, passam pela impunidade e ficam na história como (mais) um caso youtube. Na história do social, porque para a agredida a história será sempre dolorosamente outra...


terça-feira, 24 de maio de 2011

Em dema(u)sia

Eu sei, tu sabes, nós sabemos que há malta das bandeirinhas e crachás que vão aos comícios-festa por conta da paróquia, outros por conta das juntas de freguesia, outros ainda à pala dos sindicatos, havendo também quem participe a "convite porte pago" do patrão.
Mas, coisas como esta, camaradas !?
É o mesmo que dar pérolas a porcos...


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ah, há fadista

Volta atrás vida vivida / Para eu tornar a ver
Aquela vida perdida / Que nunca soube viver

Voltar de novo quem dera / A tal tempo, que saudade
Volta sempre a primavera / Só não volta a mocidade
A vida começa cedo / Mas assim que ela começa
Começamos por ter medo / Que ela se acabe depressa

O tempo vai-se passando / E a gente vai-se iludindo
Ora rindo ora chorando / Ora chorando ora rindo

Meu Deus, como o tempo passa / Dizemos de quando em quando
Afinal, o tempo fica / A gente é que vai passando


domingo, 22 de maio de 2011

Brejeirices de domingo


Embora há mais de um ano não se fale de outra coisa, oficialmente, é hoje que começa a campanha eleitoral.
Por isso, aqui deixo o hino da hortofruticultura como sugestão para aliviar o stress da propaganda que nos vai chegar por tudo quanto é imaginável.

Entretanto, fica também o refrão para cantarolar sempre que a agonia chegue:

"Porque a couve tem talo e o bacalhau tem rabo.
E se o feijão verde tem fio, porque não tem talo o nabo?
Se a banana tem cacho, toda a uva tem que tê-lo.
Já pensei muitas vezes porque não tem talo o grêlo?
"




sexta-feira, 20 de maio de 2011

(O autor) não fui eu, mas gostava ter sido

"Um dia, isto tinha de acontecer.

Existe uma geração à rasca?

Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos)
vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.

Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração? Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens. Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?"

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Olh@ o g@lo

No dia (17/05) em que o mundo comemorava o Dia Internacional contra a Homofobia, no dia internacionalmente escolhido para dar a entender que "diferente não é errado e igual não é certo" o psiquiatra Fernando Almeida lançou para a arena do preconceito nacional a notícia de que há um líder político que é homossexual, logo seguida de: "não vou dizer quem é mas é do domínio público".
Ora aqui está, a poucos dias das eleições legislativas, a informação complementar ao já-mais-qu'esclarecido eleitorado português que poderá ditar o vencedor.
Sim, porque manda a tradição nacional que votar num mentiroso compulsivo, num troca-tintas de cartola, num leitor de comunicados ou num proletário mãos-de-fada é uma coisa; outra coisa é votar num (para ser respeituoso) maricas - mesmo que ande por aí a insinuar-se como o mais sério e honesto candidato a salvador da pátria.
Verdade seja dita que neste contexto, ultimamente, os portugueses têm dado provas de uma maturidade intelectual que às vezes lhes parece faltar noutras matérias. Mas, um recado tão homofóbico como este, lançado no ambiente tenso por que passa a presente campanha eleitoral, não será tão ingénuo quanto possa parecer.
Pior que isto, só falar dele nas homilias dominicais ou nas feiras e mercados.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Patriotismo experimental

1. Experimente comprar preferencialmente produtos fabricados em Portugal.

Experimente começar pelas idas ao supermercado (carnes, peixe, legumes,bebidas, conservas, preferencialmente, nacionais).

Experimente trocar, temporariamente, as fast foods, pela tradicional tasca portuguesa.

Experimente beber, água, refrigerantes, cervejas sem álcool fabricadas em Portugal.

Beba apenas bebidas alcoólicas Portuguesas!

2. Adie, por seis meses a um ano, todas as compras de produtos estrangeiros, que tenha planeado fazer, tais como automóveis, TV e outros electrodomésticos, produtos de luxo, telemóveis, roupa e calçado de marcas importadas, férias fora do país, etc., etc..


O desafio é experimentar, por um ano, comprar produtos fabricados em Portugal. Fazer o esforço, em cada acto de compra, de verificar nas etiquetas de origem o código de barras 560 e evitar comprar o que não tenha sido produzido no nosso país, sempre que existir alternativa.

Desta forma, estaremos a substituir as importações que estão a arrastar o Estado Português para a falência e apresentaremos resultados surpreendentes a nível de indicadores de crescimento económico e consequentemente de redução de desemprego.

Afirma-se por aí que bastaria que cada português substituísse apenas 100 €uros mensais das compras de produtos importados, por produtos fabricados no país, para que o nosso problema de falta de crescimento económico ficasse resolvido.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

domingo, 15 de maio de 2011

Eleições à porta

A época da caça ao voto está aí, aberta.
Como sempre, os enganadores andam à solta e, com palavras lindas, beijos e abraços, namoram-nos com promessas de uma virgindade apetitosa.
O pior... bem, o pior vem depois.
Por isso,
vale mais prevenir que remediar.
(seja lá o que remediar signifique)


sexta-feira, 13 de maio de 2011

As bocas do putativo

No meu tempo de escola, havia um professor que dizia assim para um colega meu: - "Quando abres a boca, ou entra mosca ou sai asneira".
Nos últimos dias tenho-me lembrado deste episódio sempre que o candidato Catroga ilumina a pré-campanha eleitoral com estes tesourinhos, prendas e pintelhices.
Julgo que o PSD e, nomeadamente, Passos Coelho já não devem estar a achar grande piada à actuação do Tiririca português.
Eu, enquanto adepto da boa disposição na vida, até prefiro os palhaços aos prestidigitadores, mas este tipo de inteligência não será propriamente o que mais interessará à ministrança do país.
Mas, se for "disto (ou deste) que o meu povo gosta"... então que siga o baile, ou o circo, que neste caso é a mesma coisa.
Por isso aqui fica a (dedicada) música e letra.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aqui há gato ...

Ontem, perdi a cabeça (e 25 €) e fui presenciar as intervenções dos líderes dos principais partidos concorrentes às próximas eleições legislativas.
Dado o tema da conferência (Europa e Política Fiscal) confesso que as expectativas de lhes ouvir algo de novo eram manifestamente reduzidas. Por isso, não me admirei com a transformação em tempo de antena feita por todos, exceptuando Jerónimo de Sousa que, com a sua habitual leitura de comunicado, consegue sempre desinteressar grande parte de uma audiência em hora pós-almoço.
Naturalmente que Sócrates foi quem mais exagerou na estratégia. Passos Coelho foi quem mais prometeu (como lhe é exigido), Louçã continua a facilitar soluções que, sabe, nunca resolverão nada e Paulo Portas, agora naquele seu estilo tipo professor a semi-soletrar palavras para um ditado, lá vai disfarçando na sua eloquência o miserabilismo programático do CDS/PP.
Com esta gestão do tempo de antena disponibilizado pela TSF/DN/OTOC, pouco ou nada de interessante foi afirmado no CCB.
Exceptuando a "história do gato" do comentador/SIC José Gomes Ferreira:
- "Fui à loja comprar ração para o gato. Como havia duas qualidades disponíveis, (uma de origem nacional, outra alemã) liguei à minha mulher para saber qual deveria comprar. Respondeu-me: Não tragas a portuguesa, que o gato não a come; só quer a ração alemã."
Fiquem sabendo, meus amigos: esta foi a intervenção mais aplaudida da conferência.
Está tudo dito, não está?

terça-feira, 10 de maio de 2011

Surrealisticamente (5)


Superlativamente, o homem é um ser pensante.
Geologicamente, é um futuro fóssil.
Originalmente, é um pequeno "nada" que quer ser um "tudo".
Cumulativamente, é um morto ainda em vida.
Juridicamente, é um culpado deixado em liberdade em sua prisão pessoal.
Abstractamente, é uma entidade que acredita ser uma ideia.
Esteticamente, é uma flagrante falta de gosto

Robert Sternberg

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A nova bandeira de Paco.

Paco Bandeira nunca foi um cantautor de intervenção nem de música pimba.
Mas mesmo assim, verdade seja dita, nem sempre me agradou ouvi-lo, especialmente naquelas suas modas chorono-saudosistas de que era tão fiel intérprete.
Recentemente, se calhar por obra da andropausa ou de partidas que a vida lhe tenha pregado, surge com um novo fôlego - muito mais agradável e interventivo - a justificar uma maior atenção ao que (com e sem música) anda por aí a recitar.
"Europa escuta o que se diz neste canto ocidental: Portugal, meu país"

domingo, 8 de maio de 2011

A Guiné, lá longe. Hoje aqui tão perto.

O tempo, hoje, andou para trás.
Por umas horas, meia centena de penicheiros sessentões juntaram-se à volta da mesa e "regressaram" à Guiné - revivendo os episódios por que passaram há trinta e tal, quarenta anos, emocionando-se com as tristezas e alegrias dos dias, meses e anos roubados à sua juventude por supostos serviços a bem da nação.
Sem ressentimentos, sem divergências, sem cores, sem hinos nem bandeiras. A Guiné foi o único tema: o rio, a bolanha, a tabanca, o quartel, os ataques, as defesas, o medo, a coragem, as bajudas, o homem-grande, a ferida, a morte, os que ficaram, os que, como quase todos nós, vieram, mas lá deixaram uma grande parte de si.
Ao fim e ao cabo, hoje, festejámos a vitória de regressarmos e estarmos vivos !
Hip, hip, hip, hurra!



sábado, 7 de maio de 2011

Finlândia - 71 anos depois

Hoje deixo aqui ficar um vídeo recentemente apresentado nas Conferências do Estoril pelo presidente da câmara de Cascais.
Porque se trata de uma mensagem direccionada a alguns "amigos" nossos (apetecia-me chamar-lhes amigos de Peniche...) da União Europeia, acho que lhe faltou valorizar a importância das nossas artes e letras.
No entanto, é um documento que, de uma forma simples e rápida, serve para revelar o Português a quem o desconhece - se calhar até aos próprios...



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Benfifacadas

Se há noites que me ajudam a perceber porque existem pessoas que escolhem ser fãs daqueles clubes "light" como a Académica, o Belenenses ou o Sporting, a de hoje foi uma delas.
Mas o pior, o pior, é que já começo a ficar tão habituado a tanta não vitória, que nem encontro ânimo para criticar jogadores, treinador ou presidente.
Terá sido praga da águia despedida, ou do Mantorras?
Seja como for, este mês de Maio está a ficar muito doloroso e tem-me ocorrido que já mudámos de campo, de equipamento, de treinador, de massagista e de jogadores. Só faltará mesmo é haver mudança de olheiros. Porque os actuais conselheiros do SLBenfica têm revelado uma terrível falta de vista (ou serão agentes infiltrados da concorrência habitual?).
... e, dia 18, lá terá de ser: "vamos embora Braga, a taça é nossa!"

quarta-feira, 4 de maio de 2011

SUPERfilme

Uma amiga minha fez-me chegar este tesourinho penicheiro.
Trata-se de um filme feito em 1984 pelo Rui Alexandre Ramos, na praia do Medão Grande - hoje mais (muito mais) conhecida pela Praia dos Supertubos.
Não me recordo se, há vinte sete anos, a praia já era assim chamada. Mas, o que dá para ver é que nessa altura já havia ondas "tubos e supertubos", surfistas - simples, com vela ou de kayak - e outras distracções (super e normais) que não passaram despercebidas ao nosso conhecido camara-man.



segunda-feira, 2 de maio de 2011

Assim como que um 10 de Junho antecipado

"Aquelas qualidades que se revelaram e fixaram e fazem de nós o que somos e não outros; aquela doçura de sentimentos, aquela modéstia, aquele espírito de humanidade, tão raro hoje no mundo; aquela parte de espiritualidade que, mau grado tudo que a combate inspira ainda a vida portuguesa; o ânimo sofredor; a valentia sem alardes; a facilidade de adaptação e ao mesmo tempo a capacidade de imprimir no meio exterior os traços do modo de ser próprio; o apreço dos valores morais; a fé no direito, na justiça, na igualdade dos homens e dos povos; tudo isso, que não é material nem lucrativo, constitui traços do carácter nacional.
Se por outro lado contemplamos a História maravilhosa deste pequeno povo, quase tão pobre hoje como antes de descobrir o mundo; as pegadas que deixou pela terra de novo conquistada ou descoberta; a beleza dos monumentos que ergueu; a língua e literatura que criou; a vastidão dos domínios onde continua, com exemplar fidelidade à sua História e carácter, alta missão civilizadora - concluiremos que Portugal vale bem o orgulho de se ser português".



domingo, 1 de maio de 2011

"Àmãe"




Dibaxo-di bo foguera
BO cria nôs desse manera
Kbô saia prete kbô lincim
Bô mostrá nôs oké ke nôs
Oh mãe oh mãe Oh mãe oh mãe
oh mãe velha oih
Mãe velha oih mãe velha
Tcham cantope esse cançao
Pa legrope bô coraçao
Mãe velha mostra nõs
Munde é fete pa vive
Tambem ele é fete pa morré
Pa ama e sofre
Munde é fete pa vivé
Munde é fete pa morre
Munde é fete pa ama
Tambem pa sofre

(Cesaria Évora)