segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Fiat lux, Peniche !


... afinal, parece que há outras "ondas" nesta praia.

MOÇÃO (aprovada por unanimidade)

Assunto: Reorganização Administrativa do Concelho de Peniche

"O modelo de organização administrativa do Concelho de Peniche assenta na existência de seis freguesias. Tal modelo de governação do espaço territorial do Concelho representa uma tripartição, quer na Cidade, quer na zona não urbana, da gestão das competências, recursos e meios das autarquias locais mais próximas dos cidadãos.

Reconhecemos o esforço de muitos eleitos dessas autarquias que ao longo da história produziram relevantes serviços às populações na procura de soluções para os seus anseios.

Todavia, perante o actual estado financeiro do país e depois de um conjunto de reformas na organização da administração central do Estado, a discussão instala-se agora sobre a actualidade e a modernidade da organização administrativa do país no que toca às freguesias e aos concelhos. Sobre este assunto estão a ser conduzidos esforços, trabalhos de estudo e discussão pública para encontrar um novo modelo de governação local, a começar pela própria capital portuguesa, Lisboa, numa lógica que coloca a modernidade e a resposta aos anseios da população num patamar superior ao da raíz histórica e inclusive do bairrismo que povoa algumas das zonas mais antigas da capital.

Assim, considerando, a pertinência e actualidade da discussão desta matéria; a existência na Concelho de Peniche de seis freguesias para uma área de 77,5 km2; e o desenvolvimento de um ciclo de conferências nacional sobre a reorganização administrativa, os deputados do Grupo Municipal do Partido Socialista na Assembleia Municipal de Peniche propõem que a Assembleia Municipal de Peniche, em reunião realizada a 25 de Fevereiro de 2011, delibere promover uma sessão de debate específico, nos termos do Artigo 26.º do Regimento, para abordagem da reorganização administrativa no contexto do Concelho de Peniche, envolvendo especialistas, eleitos e a sociedade civil, com o objectivo de contribuir para uma análise e ponderação participada e esclarecida da matéria supracitada."

Paços do Município de Peniche, 25 de Fevereiro de 2011

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Às vezes gosto de inglesar (2ª vez seguida)

Requentadas (como lhe chamou o tenor do PSD na AR) ou não, as medidas que o governo ontem apresentou para o emprego jovem, lembraram-me (inexplicávelmente - dado o estado da minha memória) uma cena da série televisiva Seinfield quando o adorável George Constanza atirou: "Ei Jerry, remember...it's not a lie ...if you believe in it" .

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Às vezes gosto de "inglesar"


"I live my life the way i want

I got nothing to hide, nothing at all

Life is not a fairytale,

life is about more cause life is real."

(Ayo)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

The big MOU

Como todos nós já reparámos, José Mourinho é moda.
Os seus êxitos profissionais, aliados aos financeiros fizeram do "number one" uma personagem irrecusável aos artistas do marketing e publicidade.
Desta vez, o grupo BCP, cuja imagem comercial deve andar um pouco abalada pelas cenas chocantes protagonizadas nos últimos dois/três anos por alguns dos seus administradores, entendeu contratar "il speciale" para convencer a, cada vez mais próspera, gente portuguesa a trocar dificuldades por desafios.
A mim faz-me (como sempre me fez) confusão, neste particular, existirem pessoas que preferem seguir o conselho de um artista bem sucedido, em detrimento da opinião dos especialistas. E, neste caso, acho mesmo que a escolha da imagem orwelliana de Mourinho será mesmo um desafio a uma qualquer fé inabalável.
Tal como diz o povo "a mim não me enganas tu", mas não deixo de me sentir incomodado cada vez que me cruzo a cada esquina, virtual ou não, com aquela cara de grande irmão, sempre à espreita.
É que 1984 já lá vai, mas a lição ainda não a esqueci.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Com um beijo te refaço

... ou como Cristina Branco me inspirou na homenagem póstuma a Maria Schneider com quem, só em 1975, aprendi outras formas de tango.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Será, Confúncio ?



Muitos procuram a felicidade acima do homem!

Outros, mais abaixo.

Mas a felicidade é exactamente do tamanho de um homem.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

1.105ª Postagem


Depois de três anos de blogue, a escrever diariamente, concluí que publicar num blogue é alimentar um vício. E se o blogue tiver visitas, o vício ainda se torna maior. Não são fundamentais, as visitas, mas fazem com que a vontade de escrever seja maior.
Eu confesso ser viciado neste blogue - o meu antídoto contra a PDI, o anti-depressivo, a minha cocaína. Mesmo roçando o prazer narcisista de ver os caracteres brilhar na pantalha, saber que fui eu, e mais ninguém, quem publicou aquilo, e que, existem fortes probabilidades de ser lido por alguém, algures, admitindo até (a leviandade de) poder vir a ser útil.
Como todos os vícios, este também tem coisas boas e coisas más - ou o prazer que nos dá e o que nos tira quando os mantemos apenas para acabar com os sintomas de privação. Se há quem beba um cálice de aguardente e fume um charuto por dia em altura de relaxamento, também há quem emborque meia garrafa e fume cigarro após cigarro apenas dando conta do primeiro e do último de cada maço.
Se conseguisse que este blogue fosse do tipo charuto, acompanhado por uma conversa de cálice na mão, que cada postagem exalasse um cheiro de cedro, fumo e aguardente velha, nas proporções certas e que cada visitante meu se sentisse, por instantes, bem acompanhado - então faria o pleno de um blogger. Seria assim como que atingir o ponto G à entrada do limbo.
Devaneios à parte, o mínimo que posso prometer é que continuarei a tentar agradar-me e com isso divertir quem me visite. Com este único “sucesso” espero que o CERROdoCÃO dure até ao dia em que, algo mais forte que o vento e mais poderoso que o mar, me cale.
Até lá, obrigado por continuarem a aturar-me.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

DesApontamentos que Peniche não precisa

... por isso, JP - apesar de toda a razão que lhe assiste pelo que aqui e aqui se passou nos últimos dias - há (muitos) penicheiros que não concordam com a pedra que promete colocar sobre quase 5 anos de actividade do melhor e mais sério blogue da causa penicheira.
Eu sou um deles e aqui lhe deixo o meu contributo de reflexão:

Certo crítico disse um dia a um grande artista: "essa pintura é incompreensível".

Grande artista: "vossa excelência compreende chinês?"

Resposta:
"não."


Grande artista:"e no entanto , há quem compreenda."




quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Filho de um Deus maior

Em 1992, numa bem sucedida experiência de terapia psicanalítica de grupo, cruzei-me com Alexandra W. - uma menina de quinze anos de idade, grávida da sua primeira relação sexual, cuja patologia mereceu, desde a primeira sessão, o maior apoio e carinho de todos os restantes cinco membros do grupo.
Não pelo seu estado "interessante" mas porque, apesar de ser uma gravidez assumida por ambos os actores, o corpo de Alexandra estava a hostiliza-la, criando dificuldades à gestação do seu filho.
Durante as seis sessões partilhadas entre a 18ª e a 26ª semanas desta gravidez fomos tentando perceber (no papel de Alexandra) os factores que inconscientemente a transformaram em alto risco.
Até que, em Fevereiro de 1993, Alexandra entrou em colapso. O processo de "destruição" do feto tinha-a tornado hipertensa e o coração trabalhava a 25 pulsações por minuto. O parto garantia a sua salvação, mas não a sobrevivência do bebé...
Ontem, no jantar comemorativo do 18º aniversário do seu filho Paulo - já universitário, velejador pré-olímpico e vocalista de uma "garage band" - Alexandra W. honrou-nos, felicíssima, com a notícia (bastante bem visível) da sua segunda gravidez. Assumida, desta vez de corpo e alma.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Educar para (se) servir

Já tinha uma ideia de que a luta entre a Ministra da Educação e a "falência eminente" do Ensino Privado arquitectada por um grupo de representantes de escolas particulares/mas subsidiadas, teria a ver, provavelmente, com o seu estado de falência técnica (passivo>activo) motivada pela mesma simples razão que afectou milhares de empresas comerciais e cujo direito de exigir abrigo do Estado foi ZERO.
Porém, tentei pôr de lado esta semi-fixação e procurei ajuda aritmética. Então:
Um + Um + Um = X
É por causa deste valor X que, também aqui, os meus impostos deveriam ser utilizados com muita mais parcimónia.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Janela do coração

Guimarães - experimentei-a há 35 anos. E, como de uma "janela do coração" se tratasse, adoptei-a como o refúgio onde sempre me encontro com muitos dos prazeres da Vida em falta no meu quotidiano formiguento à beira mar.
A sua nomeação para Capital Europeia da Cultura 2012 é o reconhecimento da importância da sua mística para este Portugal deprimido.
Por isso a recomendo.



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

(pelo) Seguro, Tozé

O Xico Louçã (de costas quentes) conseguiu ontem que Passos Coelho (só?) ficasse com um "buraquinho" tão apertado, tão apertado que não cabe lá uma agulha.
É claro que vão caír o Carmo e a Trindade (e as taxas de juro?), Sócrates fingirá a perplexidade política q.b., chorará à direita e à esquerda, mas, no fundo - bem lá no fundo - tem muita dose de certeza que nenhum parvo "out door", por muito político que seja, quererá, agora, substituí-lo na cadeira do Poder.

"In door", tal
como há poucos dias aqui disse e, apesar dos conselhos do sempre generoso franco atirador Henrique Neto, a coragem de trocar Sócrates é ZERO!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Blefando

Aproveitando a técnica "croupier" muito em voga nas sagas judiciais, o arguido Armando Vara resolveu baralhar, partir e dar outros impulsos ao desenvolvimento do processo Face Oculta.

Também neste processo, a defesa do arguido Paulo Penedos, Ricardo Sá Fernandes - um dos melhores croupiers das mesas onde se jogam destinos de pessoas (e grupos...) - entendeu ter o direito à audição das escutas dos telefonemas entre Vara e Sócrates.
Ora, já que falamos em jogos (de cartas) lembrei-me do poker/bluff.
Então oiçamo-las, blefando (como dizem no Brasil):



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Lá vai ministro ?

Como se não bastassem as algemas do chinês, as pistolas que encravam, os blindados que não chegaram e o falhanço do cartão de cidadão nas últimas eleições, o ministro Rui Pereira é candidato a mais uma "medalha" para a sua Administração Interna pelo alegado comportamento das "forças de segurança" neste inacreditável caso de morte com nove anos de idade, que, apesar de (ainda) muito mal explicado pela família, vizinhos, GNR e comprador da casa, não deixa de nos envergonhar, a todos.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Bué da Pacos

Há o Rabanne, e o Fernandez. O de Lúcia, o Niña e o Ibañez.
Nós temos o Bandeira, e (en)canta assim - em português:


Para ver (e ouvir) em "full screen"

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Títulos há muitos



Não sei quem lhes propôs o negócio, mas, para percebermos melhor o que vamos lucrar, resta saber se os pasteis, o clube de futebol e o palácio (com o inquilino) estarão incluídos.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Poetas de Guerra

Na data que marca os 50 anos do início da Guerra Colonial, esta iniciativa levada a cabo pelo CES/Coimbra (Centro de Estudos Sociais) fez-me ir à "mala da tropa" rebuscar este poema(?) escrito em Fevereiro/74, poucos dias depois do meu baptismo de fogo na Guiné Bissau.
Hoje, dedico-o aos filhos de todos os que, por qualquer forma, "foram" a esta guerra.

Filhos:
Há os que nascem ricos, em cama dourada
e os que aparecem como se fossem nada.
Filhos:
Mestres, doutores e sei lá que mais são.
Uns nascem com tudo, outros... nunca não.
Filhos:
Os brancos de pele, mestiços de cor,
de Fé alugada e negros de amor.
Filhos:
Os da noite cinzenta, que à fria madrugada,
esperam pel' Aurora tantas vezes sonhada.
Filhos:
Os da guerra, que não fugiram à luta
cumprindo ordens filhas da puta.
Filhos:
Porque hoje o somos e amanhã pais seremos.
Às dores que ora damos, para nós não queremos.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Há lodo a mais



A (pouco mais de) dois meses de Congresso, surgem sapos e rãs que, por muita esperança que coaxem, pouco ou nada agitarão o pântano em que (sobre)vive a fauna socialista
.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Vir'o disco

Letra: "Para o PS português, é o momento, também, de fazer uma reflexão aprofundada. Para dar um novo impulso à sua participação na vida política (independentemente do Governo), com mais idealismo socialista e menos apparatchik, mais debate político e menos marketing, mais culto pelos valores éticos e menos boys que só pensam em ganhar dinheiro e promover-se, enfim, mais voltado para o futuro e menos para o passado. É que um PS dinâmico, pluralista e voltado para o futuro - que a sociedade civil respeite e admire - faz falta a Portugal e ao Governo." (Mário Soares, hoje)

Música: