sábado, 31 de dezembro de 2011

The final countdown

Diz a tradição que no final de cada ano devemos formular um (ou mais) desejos para o ano seguinte.
Mas a mim, francamente, para além da saúde - que é o principal voto com que trinco as uvas-passas - hoje, só me ocorre pegar nesta notícia sobre a eliminação de um dia no calendário da ilha de Samoa, antecipando o inicio do próximo ano, e imaginar quão bom seria nós portugueses podermos fazer o mesmo mas ao ano inteiro, ou seja: riscar do calendário os 366 dias horríveis que se adivinham e, daqui a pouco, entrarmos imediatamente em 2013 -  ano do início de todas as esperanças (dizem os políticos).
 Boa saúde!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ai Portugal ...


… se eu tivesse à volta de trinta anos,  fosse licenciado – desempregado, funcionário público a recibos verdes ou  professor faz-de-conta…
 … se eu não tivesse contribuído (mais de dois terços  da minha vida) para garantir a subsistência na velhice que agora  me querem roubar…
… se eu não tivesse apostado em Portugal, no ser português,  na defesa do meu País, na democracia de Abril que  deu  oportunidade ao primeiro-ministro e seus sequazes de se educarem à minha conta, de se terem tratado com médicos de um serviço nacional de saúde que eu  sustentei e terem usado as auto-estradas que estou a pagar e que os meus bisnetos (vindouros) continuarão a amortizar…
… se não fossem essas razões e mais uma carrada que aqui não digo por respeito a quem  habitualmente me lê, então faria como os Mestres, os Relvas e os Coelhos sugerem:
Emigrava.
Não para os (pseudo)paraísos de dialecto oficial português, mas para países onde a verdade, a justiça e o respeito pela pessoa humana fossem como que a única língua oficial, evitando continuar a assistir ao triunfo da incompetência, à ascensão politica de prostitutos, à vitória do liberalismo das confrarias; em suma:  ao acabar do PAÍS que idealizei e por que lutei, na esperança de o deixar como pátria querida aos meus filhos, com o mesmo orgulho que o herdei dos meus antepassados.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Rugby - alternar faz bem à saúde

Enquanto rapazote, o rugby foi o desporto que, depois de experimentado, menos tempo pratiquei. Apesar do "caparro", da agilidade e da boa leitura de jogo, fiquei-me pela disputa (incompleta) de meia dúzia de partidas amigáveis que o meu amigo Luis Afonso arranjava por aí "só pra malta se divertir".
Claro que dessa vivência ficaram o conhecimento mínimo das regras e a compreensão suficiente da modalidade, saberes que de vez em quando facilitam a televisualização dos grandes jogos como os da recente Taça do Mundo.
Sendo verdade que o futebol faz vibrar os portugueses, às vezes o exagero de tanta vibração (em directo, em diferido, com políticos comentadores ou com comentadores políticos) satura-nos tanto, que procuramos desviar as nossas atenções para modalidades alternativas. 
E é aqui que entra o rugby. 
Com o vídeo de hoje, vai ser fácil perceber as regras e os principais termos da modalidade. O resto... (já não é comigo).

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Superego

Apesar de não constar das efemérides calendarizadas, o dia de hoje é o dia do egoísmo - marco eu.
Levamos um ano inteiro a ouvir/ler/ver histórias de vida de tanta gente - com maior ou menor importância - que nos esquecemos de nós próprios: da nossa história.
E será que a nossa vida não merece uma "atençãozinha"? será que não temos direito aos nossos 3 minutos de fama, com qualidades reconhecidas e carinhos expressos? 
É claro que sim! 
Por isso, experimentem clicar aqui e (sem receio) seguir as instruções.
É fácil, divertido e, finalmente, fala de nós - como merecemos!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Bom dia Sofia


Tempo de solidão e de incerteza
Tempo de medo e tempo de traição
Tempo de injustiça e de vileza
Tempo de negação
Tempo de covardia e tempo de ira
Tempo de mascarada e de mentira
Tempo de escravidão
Tempo dos coniventes sem cadastro
Tempo de silêncio e de mordaça
Tempo onde o sangue não tem rasto
Tempo da ameaça

Sophia de Mello Breyner

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ele sabe quem são e onde estão os vilões

A minha animosidade pela arrogância "british" tem quase tantos anos como a aliança com que o nosso rei D.João I selou os De Lencastre. Ou seja, nunca gostei deles.
No entanto, por vezes, tenho de reconhecer que a sua soberba calha bem.
É o caso de Nigel Farage, cujas intervenções enquanto deputado do parlamento europeu merecem sempre ser vistas.
Como esta, que nem no "Plano Inclinado" da Sic teve direito a exibição.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Os caroços da laranja

Se, já no mês passado, um tal De Mestre aconselhara os jovens desempregados, a emigrar, este fdsemana, PPCoelho voltou a dar voz à fórmula laranja para combater o desemprego qualificado em Portugal.
Porque, se os portugueses daqui saírem, o Estado deixa de pagar subsídios, abonos e os apoios sociais devidos à sua subsistência - correndo o risco de receber uns euros da malta que trabalha noutros países - emigrar parece, pois, ser a solução para este país.
Tanto assim, que pelas grandes capitais europeias, o governo português já publicita a disponibilidade do natural-luso-desenrascanço, numa derradeira manobra de diversão fruto da genética incompetência governativa dos seus políticos. 

BERLIM
LONDRES


VIENA
PARIS

domingo, 18 de dezembro de 2011

Até dia qui bô voltà

 
Em Maio do ano passado, tive a oportunidade de "conhecer" Cesária Évora, naquele que viria a ser o seu último concerto em Portugal dado no Coliseu de Lisboa.
E conhecer "Cise" foi vê-la descalça (como sempre) a cantar, dançar, interromper-se, beber e fumar em pleno palco, ignorando regras do mundo do espectáculo, quase menosprezando a generosidade do seu público - sempre fiel à deliciosa excêntricidade da diva cabo-verdiana.
Hoje, a notícia da sua morte fez-me visitar a música de Cabo Verde. E aí, se dona Cesária restará incontornável, fiquei agradavelmente surpreendido com tamanha vitalidade. Quase que me apetece dizer: descansa em paz Cise, que a música do teu país tem "lenha para continuar a arder"!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mensagens de boas festas

Clicar na Imagem
Pelos vistos a nova corrente politico-filosófica socretina começa a ter os seus fiéis seguidores.
Em boa verdade, convenhamos, mensagens natalícias como a deste camarada deputado da nação até assentam bem. 
Então, não estamos (mais que) falidos? E que fazem os ditos cujos senão marimbarem-se?

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vou ali, já venho.

Peço desculpa à malta do Cerro, mas hoje não tenho tempo para muita coisa. 
Tenho de ir a Genebra visitar uns amigos e, de caminho, quero ver se ainda trago uns chocolates - antes que esgotem...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Cantares d'alma



Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar...
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ai ribolé, oh leva leva lé !!! *


*(Cantilena de pescadores) 
     Mesmo depois de rever a história sobre a pesca em Peniche, contada no programa Perdidos e Achados que a SIC transmitiu no seu horário nobre de sábado passado, continuo com aquela insatisfação com que, normalmente, ficamos depois de vermos um filme resultante da adaptação de um qualquer livro que já tenhamos lido.
     Ou seja, persiste a estranha sensação de que o guionista desta peça televisiva  deveria ter sido mais fiel à verdade histórica de um momento tão particular da  pesca e do movimento cooperativo penicheiro.
      Para além dos testemunhos deixados por alguns intervenientes neste processo da pesca penicheira, percebo que AJCorreia, como presidente da Câmara Municipal e habitual actor das representações televisivas que a Peniche digam respeito, fosse convidado a uma viagem ao seu passado para falar (...) sobre o assunto.
     Porém, (e seguindo, apenas, as contas da reportagem: 14 traineiras existentes com 20 tripulantes cada) de duzentos e oitenta pescadores/cooperantes, a jornalista contentou-se em ouvir a opinião de um deles, quando ainda haverá por cá dezenas de outros testemunhos disponíveis (digo eu), para não falar das associações de armadores e sindicato dos pescadores,  
     É em casos como o desta reportagem, que certos argumentistas da nossa história local deveriam ter vergonha na cara, em vez de esfregarem as mãos de contentamento celebrando que: "saiu melhor que a encomenda" !!!  

domingo, 11 de dezembro de 2011

XXL - para maiores de (?) anos

Depois do que hoje publico, não sei o que a administração/Blogger fará ao CerrodoCão. Mas, para mim - resistente a falsos moralismos - esta é uma publicação para adultos que, para além do seu valor pedagógico, só pode fazer bem a quem sente a vida cada dia mais angustiante, quase, quase a caminho do desespero colectivo.  
Esta curta-metragem é um dos tesourinhos-da-boa-disposição mais deliciosos que encontrei (obrigado CJS) na net.
E, sinceramente, modéstia à parte, se este blogue fosse como o facebook, hoje deixaria aqui um grande like.
Quanto ao resto... cada um sabe de si!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Feios, maus e porcos

 
O que destrói a Humanidade:
A política, sem princípios;
o prazer, sem compromisso;
a riqueza, sem trabalho; 
a sabedoria, sem caráter; 
os negócios, sem moral; 
a ciência, sem humanidade;
  a oração, sem caridade.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Poematemático

Às folhas tantas do livro matemático um Quociente apaixonou-se um dia
doidamente por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide, corpo rectangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida paralela à dela até que se encontraram no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram (o que em aritmética corresponde
a almas irmãs) primos entre si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação
traçando ao sabor do momento e da paixão rectas, curvas, círculos e linhas sinoidais nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas e os exegetas do Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar constituir um lar, mais que um lar, um perpendicular.
Convidaram para padrinhos o Poliedro e a Bissetriz.
Fizeram planos, equações e diagramas para o futuro sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos.
E foram felizes até aquele dia em que tudo vira afinal monotonia.
Foi então que surgiu o Máximo Divisor Comum frequentador de círculos concêntricos, viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade.
Era o triângulo, tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fracção, a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade e tudo que era espúrio passou a ser moralidade como aliás em qualquer sociedade.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Diferença colossal

 
Quem (ainda) segue o desenrolar da vida política nacional lembrar-se-á, por certo, desta hilariante (no mínimo) cena  protagonizada pelo nosso - tão insensível quanto honorável - ministro das finanças, Vitor Gaspar, cuja enervante frieza se tem feito sentir no coração e bolso dos contribuintes (daqueles que pagam) portugueses. 




Pois bem, as notícias de hoje mostram como um pouco de sensibilidade, como a  aqui expressa pela ministra Elsa Formero na apresentação das  duríssimas medidas de austeridade a impor aos italianos, pode amenizar a sensação de injustiça e revolta que estas notícias carregam. 


Bem diz o povo quando "quem não se sente..."

domingo, 4 de dezembro de 2011

Confuncionalidades

"Há apenas duas coisas na vida com que te deves preocupar: se estás bem ou se estás doente.
Se estás bem, não te preocupes. Se estás doente, há duas coisas que te devem preocupar: se te vais curar ou se vais morrer.
Se te curares, não há preocupações. Se vais morrer, há duas coisas com que te deves preocupar: se vais para o céu ou se vais para o inferno.
Se vais para o céu, não há preocupações algumas. Se vais para o inferno,  estarás tão preocupado a cumprimentar velhos amigos que nem terás tempo para preocupações.
E então, porquê preocupares-te?" 

sábado, 3 de dezembro de 2011

Jorge fora da Taça (e o Benfica também - o que é muito pior)

"Com o Benfica, ninguém joga o jogo pelo jogo" - Jorge Jesus cuspiu para o ar e o Marítimo fez-lhe a vontade, dando oportunidade ao seu treinador, Pedro Martins, de colocar a cereja no topo do bolo que Pinto da Costa se prepara para trincar lá mais para depois do dia de reis (digo eu)! 
Entretanto, em jeito de comiseração, aqui fica a minha proposta de vídeo para o FdSemana.

(Os meus confrades benfiquistas não devem ver em fullscreen)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Balas de cortiça

Por vezes há quem resista às corrupções e descubra que a riqueza de certas pessoas é apenas material, nada tendo a ver com riqueza de princípios.
Ou, dizendo de uma outra forma: a verdade vem sempre ao de cima, tal como a cortiça do senhor Amorim 
 
(Clicar na imagem)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Os canhões do nosso fado/hino



Provavelmente, hoje será a última vez que celebraremos o 1º de Dezembro como feriado nacional.
A recente proposta governamental de acabar com esta tradição tão querida aos portugueses (porque lembra(rá?) aos nossos vizinhos aqui ao lado que, em tempos, apesar de poucos fomos bons) deverá ser vista como um acto de coragem, porque marca no novo calendário histórico da nação o fim da sua independência.
Se, para chegar a este corajoso ponto de viragem, foi precisa muita cobardia e submissão... isso é outra história.
Aproveitemos, pois, este dia para perceber o nosso hino nacional, na íntegra.
Pode ser que o apelo às armas nos acorde e nos leve a marchar contra os canhões (seja lá o que quer que isso hoje represente)!