quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Is this the real birth?


"É esta a natividade?"
É assim que começa a curiosa versão natalícia do famoso 'Bohemian Rhapsody' dos Queen; em que, Freddie Mercury e seus companheiros são trocados por marionetes cantando o super celebrado acontecimento.
Os fantoches contam a história do nascimento do menino Jesus, perfeitamente sintonizada com a lendária canção. Com uma proximidade musical e vocal extraordinárias, em vez de ouvir as letras do tema mítico, podemos reviver a história da Natividade de Jesus de uma maneira agradavelmente criativa.
A pouca informação sobre o vídeo revela que "terá sido carregado em 2016, parecendo pertencer a um grupo da Igreja Presbiteriana 'Great Bridge' - eventualmente sediado no estado norte-americano de de Virginia".
"This is how God's love shows" - também.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Em modo português suave...

Porque, fundamentalmente, sou pela liberdade, igualdade e fraternidade, hoje não pretendo parar Portugal, mas também gostaria de juntar o  meu protesto ao Dia do Protesto.
Porque, correndo o risco de aqui me repetir, sou contra a corrupção em que todo o país se encontra viciado; contra o peculato com que se gerem muitas instituições do Estado; contra a impunidade com que a Justiça permite tratar os criminosos de "colarinho branco"; contra a exagerada carga de impostos sobre bens/serviços essenciais e os benefícios fiscais de importância social e/ou económica duvidosa; contra os privilégios na concessão de tempos e valores das reformas e pensões; contra o valor do salário mínimo nacional - mesmo reconhecendo que a irredutível postura das associações patronais é bem mais vergonhosa que a arbitragem do Estado; contra as arbitrariedades do poder político, principalmente, o despotismo dos seus agentes partidários; contra as reivindicações de justiça e oportunidade duvidosas, gratuitas, politizadas por encomenda partidária; enfim... motivos, infelizmente, hoje não (me/nos) faltam!
Ser apoiante da actual fórmula governativa não significa, para mim, a incondicional aceitação das suas actuações ou (menos ainda) de todas as suas teses; mas, enquanto cidadão obrigado a respeitar o Estado, sou cumpridor das suas leis e actos de governação. Parece uma contradição, não parece?
Mas não é. Viver em Democracia é isto!
Pena que a nossa democracia seja ainda tão débil no que toca à partilha de direitos e obrigações  - tal como o dia de hoje pode querer significar, mesmo correndo o risco dos desvios ultra-nacionalistas fascistóides (sempre à espreita)!  

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Greves, etc.e.tal e a Imoralidade

Até para o condenado à nascença líder do PPD/PSD/Amigo da Geringonça, Rui Rio, "as greves (já nem chegam os dedos das duas mãos para as contar) que se multiplicam por esse país fora significam que as coisas não estão bem".
E é verdade, concordo!
Aliás, a crer no que se ouve, vê e lê em tudo o que escarrapache opinião, até os anti-grevistas de nascença, por vocação ou obediência política, se manifestam (desta vez) solidários, aproveitando a oportunidade para defender os direitos dos trabalhadores... a quem chegam mesmo, envergonhadamente - entre dentes, a balbuciar como "classe operária".
Pois é, Costa; as coisas não estão bem!
É verdade que a estratégia seguida pelos sindicatos do funcionalismo público parece combinada. Parece, mas não deve ser. Seria hipocrisia a mais os comunistas - que apoiam a Geringonça e votaram a favor do Orçamento Geral do Estado - aliarem-se à "direita reaccionária" (sic PCP) para causar toda a instabilidade que faz parecer o momento como uma das maiores crise laborais desde o ano em que Greve deixou de ser acto terrorista em Portugal. 
Pois é, Costa; as coisas não estão bem! 
Até eu, que já fui sindicalista e dirigente sindical - conhecendo, portanto, todos os truques e malabarismos da "coisa" - até eu, se fosse funcionário do Estado, faria greve, Costa!
Faria greve independentemente de todas as razões laborais que a tanto me levassem. E há-as sempre!
Fá-la-ia, simplesmente, por protesto contra a IMORALIDADE governativa que vem galopando por este país fora, desde que os Mesmos do Costume substituíram o SEMPRE O MESMO.
É muito tempo, muita sem vergonhice e muita desolação!
Mas o pior, Costa,  o pior é que a ténue margem da esperançosa Diferença aparentada pela tua (nossa) Geringonça está praticamente esgotada: quase não há dia que passe sem se saberem esquemas de compadrio, corrupção, peculato - etc e tal - com graves prejuízos para o Estado (que somos nós todos). Não há semana que acabe sem que não sejam públicas duas linhas escritas, uma foto ou uma qualquer reportagem sobre envolvimentos de agentes do Estado (governantes e/ou não) em negócios, adjudicações, perdões. esquecimentos - etc e tal - com prejuízos para todos nós, contribuintes.

Depois é o nunca haver dinheiro para satisfazer os compromissos constitucionais que o Estado tem para com os seus cidadãos: principalmente na Saúde, na Educação, na Acção Social - etc e tal - e, de repente, saltarem milhões (já lá vão 20 mil milhões) de €uros para ajudar a Banca, em rota de falência devido aos maus negócios dos amigos de quem? do Estado (e os centrões aliados), claro!
E depois, Costa... bem, depois o que também ajuda muito a "grevar" é a IMPUNIDADE com que quase todos os que prejudicam/ram o Estado se passeiam arrogantemente pelos  restaurantes. lojas, bares, resorts - etc e tal - onde nós, contribuinte, nem conseguimos entrar...!
Então que Estado é este, Costa? Porque é tão benevolente e lenta a nossa Justiça? Porque é que (especialmente) os políticos não cumprem o seu juramento "a bem da nação" e tratam eficazmente, sem medos nem rodeios burocráticos os seus pares oportunistas, sem escrúpulos nem qualquer sentido de Estado?

Greve? claro que, se fosse trabalhador activo, também fazia greve; não apenas por querer (justamente) melhor rendimento pelo meu trabalho, mas, principalmente, como sinal de descontentamento pela IMORALIDADE com que temos vindo a ser governados.
Porém, como já estou em idade (e estado) de reforma, não faço greve.

 Mas tenho o colete amarelo luminoso atrás da porta - prêt à porter!
    

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Chiquelinas e cornadas

A consideração do ser humano como o valor central da Existência, com base na razão, na ética e na justiça social - sempre respeitando multiplicidades - deveria ser, no meu entendimento, a nossa maior militância.
Assim, pela vida fora, vamos preferindo pessoas e grupos a que, pelos objectivos professados, mais e  (supostamente) melhor fará sentido juntar ideias, voz e confiança política.
Nunca é uma relação fácil, claro! Mas em nenhum momento irreparável, obrigatória, indissolúvel.
Tudo isto para querer tentar explicar a mim mesmo a perplexidade causada pela actuação maioritária dos deputados do PS na Assembleia da República na votação a favor da redução do IVA (6%) para Touradas, claramente seduzidos pelo paladino da cultura marialva que, como muito bem disse Vital Moreira,  ainda hoje "invoca a tradição para defesa de instintos e sentimentos cujo desenvolvimento humano tornou intoleráveis".
Como se não chegasse este benefício fiscal ao sadismo, quando como pago IVA a 13%, quando bebo pago IVA a 23%, quando compro protectores solares, suplementos vitamínicos, etc. pago IVA a 23%, quando consumo gás, electricidade e combustíveis pago IVA a 23% ou quando faço telefonemas de fins solidários pago IVA a 23%. Enfim... não consigo explicar(-me). 
Se calhar tenho de rever algumas das minhas preferências! 


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Marleyfico - Jamaica Rhapsody

Tenho quase a certeza que Bob e Freddy - estejam "onde" estiverem - estarão deliciados com esta versão "ganzada" da Bohemian Rhapsody.
Depois da forte tendência de liberalização do seu consumo, a produção/comercialização da cannabis, aos poucos, vai sendo legalizada por esse mundo fora - "easy plant. easy grow".


"Ganja... never kill the man" - portanto, "oohoo - let's take a little single puff" ou, apenas, curtir a música!



sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Silêncio que vai cantar Buika; doña Concha Buika!


En la penumbra de esta noche divina y prieta sobre la tundra que puebla mi alma siempre despierta se oye un lamento como preludio de las horas muertas horas que pasan con la agonía de una muerte lenta vuelve el silencio a vestirme de oro mi santo vuelve el recuerdo de mis abuelas a endulzar mi espera vuelven los discos que me enseñaron a adorar la música volvió mi padre después de 20 años, ay si tú volvieras si tú volvieras, te vestiría de oro mi santo callaría las cosas para que pudieras oír mi canto, desesperado si tú volvieras, te vestiria de oro mi santo que se calle todo para tú puedas oír mi canto, desesperado En la penumbra de esta noche de brillante dulce de luz oscura se oye la voz de mi recuerdo solo caminando lento se oye el recuerdo de quien quisiera morir en el intento ay cómo quisiera, ay cómo quisiera quererte menos ay como quisiera quererte menos y más oscura quisiera quererte lento no más penurias a la hora de amarte, no más tormento y si se hicieran realidad todos mis locos sueños yo dejaría de soñarte tanto y adorarte lento si tú volvieras, te vestiría de oro mi santo callaría las cosas para que pudieras oír mi canto, desesperado si tú volvieras, te vestiría de oro mi canto callaría las cosas para que pudieras oirme tanto, desesperando.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

... e Deus criou a mulher

Quando Deus criou Adão e Eva, disse aos dois:
- Tenho dois presentes para distribuir por vocês: um é para fazer xixi em pé e…
Adão, ansiosíssimo, interrompeu, gritando:
- Eu, eu, eu, eu querooo! por favor… Senhor, por favor, por favor. Sim?!?
- Facilitar-me-ia a vida substancialmente! Por favor! Por favor! Por favor!
Eva concordou e disse que essas coisas não tinham importância para ela.
Então, Deus presenteou Adão.
Adão ficou maravilhado. Gritava de alegria, corria pelo jardim do Éden fazendo xixi em todas as árvores. Correu pela praia fazendo desenhos com seu xixi na areia. Acendia fogueirinhas e brincava de bombeiro…
Deus e Eva contemplavam o homem louco de felicidade, até que Eva perguntou a Deus:
- E… Qual é o outro presente?
Deus respondeu:
- O cérebro, Eva … O cérebro é teu!


sábado, 10 de novembro de 2018

O respeitinho é muito bonito


Luís Marques Mendes, em minha opinião, é daqueles "senadores" que, nos partidos do Centrão, optam por posicionamentos, aparentemente, discordantes das lideranças, por forma a garantir uma certa democraticidade interna ao mesmo tempo que personificam possíveis alternativas - geralmente, apenas e só, até ao dia "da contagem das espingardas"...
Qual professor Marcelo dos tempos pré-Belém, gosta de exibir a sua sapiência política - à custa da relação privilegiada que mantém com os porta-vozes (oficiais e oficiosos) das capelinhas do Poder. E fá-lo com tamanha veemência que já se aposta nele como um putativo candidato a qualquer COISA no panorama político partidário nacional.
Não se saberá(...) em que qualidade, para além de militante e amigo, terá vindo a Peniche apadrinhar a recente tomada de posse de Cristina Leitão da esperançosa liderança do PSD local; mas o que não deve ter escapado às vistas mais atentas às fotos do evento foi o regresso, consubstanciando apoio,  de alguns dos filhos pródigos da concelhia.
Fica-lhe bem esse ar apaziguador, doutor Mendes! E, se tudo acabar bem... melhor!
E que venham de lá mais "corajosos senadores", também de outros quadrantes, gerar ondas de frescura nas formas de ser/estar dos agentes políticos locais. 
Porque, como diria um qualquer criador de citações a propósito:
" Os velhos querem sempre seguir os novos, especialmente, pela presunção de rejuvenescer com eles" 

domingo, 4 de novembro de 2018

Afonso, o IV


Carregamos o mesmo sangue, continuaremos a partilhar memórias, saberes, sentimentos, gostos, quiçá paixões. 
E assim continuar-nos-emos uns aos outros, em família - aquele círculo ancestral onde sempre caberá mais um... 




sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Retalhos da puta da vida

A minha caminhada diária (neste caso, nocturna) de meia hora estava quase vencida.
Apesar disso, a pouco mais de dois ou três minutos de casa, fui abordado, educadamente, por aquela figurinha esbelta, mas pouco atraente - qual adolescente envelhecida pela magreza excessiva e algumas marcas de "horas más":
- Ó vizinho, não há pr'aí um €urito pra eu comer uma sopa ali no Continente?
- Não, tem paciência! - respondi, desconfiando da justa causa do pedido.
Face à veemência da minha recusa, a miúda desafiou:
- Então... e não quer que lhe faça qualquer coisa para ganhar uma notinha?
- Quero! - respondi, acrescentando de imediato:
- Dizes-me a verdade!
- Ok, prontos; eu tou a ressacar e preciso de uma ganza, senão enlouqueço! - confessou.
Em silêncio, dei-lhe os dois únicos euros que levava no bolso.
Em uníssono, gritámos um silêncio reactivo à promiscuidade inquietante dos dependentes e fomos à(s) nossa(s) vida(s).
Eu, à puta da vida.
Ela... à outra!

domingo, 28 de outubro de 2018

O destino marca a hora (ou vice versa?)

 "Pode(mos) sempre experimentar..."
Foi assim, carregada de insinuações, a resposta de Maik  à dúvida, meio desafiante (reviravoltas¿?felicidade),  lançada por Miss Efe no último post da sua página do facebook.
Estava dado o sinal de partida para um relacionamento facebookiano; a partir daqui a interactividade electrónica de ambos enchê-los-ia  de uma prazerosa  sensação de bem estar, sempre apetecível, porque desafiante, replicada, cheia de emojis, stikers, gifs e tudo o que mais em redes sociais é conseguido.
Até que, um dia, Maik arriscou um 💘 em final de comentário... a que Miss Efe assentiu com um 😍 na resposta.
Provocação ou não, a verdade é que, pensou ele: "dali prá frente tinha de perceber até onde iriam; não tinham idade (supostamente) para surrealismos ou faits divers inconsequentes)."
Encharcado por uma estranha ansiedade, Maike dispara no messenger: 
- Encontramo-nos amanhã? 
- 👍 (respondeu Miss Efe).
- Pode ser almoço na Maison do Mar, às 13 horas? - convidou Maike.
- 👍 (repetiu ela).
- Ok! Beijo - fechou ele.
- 👄 
No dia seguinte, último domingo de Outubro, depois de uma noite tão mal dormida como nos seus primeiros (velhos) tempos de paixonetas, Maike - pontual por adn - tomou o seu primeiro aperitivo sentado na mesa mais perto da janela virada ao mar, a mais afastada da zona requintada da Maison - estranhamente vazia. 
Contados os primeiros quinze minutos no seu Rolex made in Morocco, pediu o segundo Martini Bianco - e a perna esquerda que não parava de traulitar...
À contagem seguinte, marcados mais vinte minutos - (já) matutando que Miss Efe lhe poderia ter dado "baile" - pediu o terceiro "bianco" e jurou: "daqui a um quarto de hora acaba-se o gozo da madame: ou vem ela ou vou eu!"
Foi ele.
Depois de um acesso extra de coragem, fixou, pela enésima vez, o olhar no relógio: "duas menos dez, chega!" - disse em voz alterada. Aproximou-se do balcão, rematou a espera com um último "qualquer coisa alcoólico com casca de limão", pagou a despesa e fugiu; envergonhado? de honra ferida? infeliz? Isso, infeliz! Afinal, contrariamente à foto por que "tudo" tinha começado, a reviravolta não lhe trouxera felicidade.
Uma hora depois, enquanto estacionava o carro à porta de casa, sentiu as badaladas do relógio da igreja vizinha. Duas badaladas? duas horas? mas o Rolex/Morocco marcava três da tarde...!?
- F*dsss!!! e o cabrão do contrabandista que me garantiu o acerto automático do relógio no dia da mudança de hora...!




sexta-feira, 24 de agosto de 2018

The godbayer

A Organização Mundial de Saúde, através da sua estrutura especializada IARC - Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro sediada em França, declarou o glifosato (junto com outros pesticidas organofosforados) como "carcinogénio provável para o ser humano".
Entretanto, a QUERCUS reafirma-o como o herbicida mais vendido em Portugal.
Enquanto isso a MONSANTO - empresa (Bayer) produtora do glisofato - num dos oito mil confrontos com a Justiça americana, foi,  para já, condenada ao pagamento de uma indemnização de 250 milhões de €uros. 
Como vão surgindo cada vez mais relatórios e cientistas confirmando a ligação entre este herbicida e outros problemas de saúde e a sua presença em alimentos geneticamente modificados, e tal como aconteceu no caso do tabaco, não será tempo de juntar os esforços (produtores/consumidores) no sentido de  se minimizarem tão graves efeitos nocivos à Saúde Pública?   

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Poema A gosto

À carta que me mandaste,
em troca à minha que leste,
preferia o que pensaste
àquilo que me escreveste. 
Contigo em contradição
pode estar um grande amigo;
duvida mais dos que estão
sempre de acordo contigo.
Dás-me pouco, não me espanto,
conheço o teu coração.
Há poucos que valem tanto
como o muito que outros dão.
Diz tudo quanto quiseres,
mas eu, pra te ser sincero,
daquilo que disseres
só acredito o que quero.
Bendita seja a mentira
que nos vem trazer esperança
daquilo que a gente aspira,
mas só por ela se alcança.
Deixá-lo, tudo se passa...
e, quando o mal tem raízes,
até na própria desgraça
aprendemos a ser felizes.

(António Aleixo - in Este Livro que vos Deixo)
 

domingo, 19 de agosto de 2018

Dia Mundial da (smart)Photografia

Porque hoje se comemora o Dia Mundial da Fotografia, aqui deixo as melhores (porque são minhas, claro!) feitas, desde Agosto do ano passado, em estrita colaboração com meu smartphone Samsung SM-A510F.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

42 A gosto

 
A janela daquele quarto
nunca aceitou esquadria,
pra enganar velhos e novos
quer de noite, quer de dia. 



Mentir-lhes era nobre,
honrava a tradição,
e pra quem não duvidasse
havia amor e paixão!



À janela daquele quarto
do castelo em Monsaraz,

 conta a lenda que uma moura 
nunca esconde o que ali faz.


quarta-feira, 25 de julho de 2018

Aniversariando

Aniversariar é calcular tempo: o que já passou e o que ainda falta. Talvez por isso é que à gente nos apetece antes esconder num armário, do que correr à volta da mesa das felicitações - sempre posta por quem muito nos quer bem.
Mas é muito verdade, também, que há sempre uma mensagem, um olhar especial, um xi-coração ou um beijo, que nos anima e faz sentir que, afinal, não podemos  recusar as esperanças que outros tenham por nós.
Já aprendi que não precisamos de complicar a vida. Ela faz-se de compensações, ilusões, desenganos.
Prossigamos, então!
Envelheça a carne, mas que resista a vontade de caminhar e aceitemos o banquete possível por entre danos e humores, carências e desejos.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

À dúzia, que é mais barato!

"É preciso ouvir a cabeça, mas deixar falar o coração."
(Marguerite Yourcenar)
                                                                     __________
Aos poucos, o coração ia perdendo a voz... quase deixando de falar.
Na cabeça rectrospectivaram-se os mais recentes cinquenta anos - calma e serenamente, sem arrependimentos. Em paz. 
Passam hoje 12 anos.
E hoje, é o entendimento entre a racionalidade e os sentimentos que, apaixonadamente, sem contrição alguma, me faz celebrar a vida todos os dias. 
                                                                                                        Em paz!



segunda-feira, 4 de junho de 2018

Oitenta e cinco

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8AIOWhM8UmDXmQjGuwfr7BbMPvEFZA4tAl-n6DFNb2o5bgz89mG9BOui0t7hOaEhBkycYCKY5_uP2SPQQ1u2gCUcOhTKIg7LFhcJ4TNF2cFz9kyoWFzm3D-7E3W8Hq-9WB402LVuyrmbO/s1600/ama.jpg 
A verdade está-te no olhar perdido.

Aprendes a ser o que não és, fingindo forças para esconder as fraquezas que, implacáveis, te vão levando para onde ninguém merece.

Quase tudo em ti nos começa a inquietar; esquecermos pode ser mais fácil do que queremos enxergar e mesmo as relembranças tornam-se mais dolorosas do que parecem.


Valha-nos o teu rosto, cada vez mais um esboço da lucidez que pariste em nós, mas, ainda assim, belo, nobre... brilhante. Comovedoramente!

terça-feira, 29 de maio de 2018

Arrepios da morte

Manifestação contra a eutanásiaDepois do recado encomendado ao Expresso pelo presidente Marselfie, os duvidosos sentiram-se encorajados e a eutanásia vai continuar a ser opção só para algun$.
Mas há quem diga que este resultado foi fruto de grande negociação político-partidária.
E concordo! Especialmente, porque, depois de ter lido esta crónica diabólica de Laurinda Alves sobre o tema, percebi que para o Estado [leia-se partidos do centrão] será preferível (económicamente, claro!) os hospitais continuarem a ter "doentes terminais em sofrimento" do que as cadeias ficarem (ainda mais) superlotadas por médicos e enfermeiros condenados por, indiscriminadamente (a acreditar na teoria de dona Laura), "eutanasiarem" pessoas: porque "dura lex sed lex", ou porque se tratavam de "velhinhos" sem eira nem beira, ou porque o porteiro do hospital o pediu - em nome da herdeira, prima da sua sobrinha, ou porque o velhote era sócio do Benfica e merecia, ou só porque sim...ou, ou...
Assim sendo, talvez tenha sido melhor o NÃO.
Mas os velhinhos vão continuar a morrer; apesar de não o quererem, muitos velhinhos vão morrer porque o filho, o cuidador, o médico, o enfermeiro, ou, em última análise, o Estado se esqueceu, descuidou ou errou; na maior parte dos casos, sem qualquer consequência cível para a morte "acidental"... 

E então, quem vota contra?

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Audiograma




“Petit à petit” o silêncio vai-se instalando todos os dias - devagarinho, mas, ainda assim, de forma gritante a marcar presença pela ausência de nós.

E o resto, o que fica, gira ao som das notas que uma agulha reproduz, lendo as notas pautadas no meu coração.

Era a música(...) que dançávamos, lembras-te?

Ainda a ouves?
Não, pois não?!
A surdez é terrível.
Malditas exostoses!

domingo, 27 de maio de 2018

Prenda d'aniversário

"Viver é uma peripécia.                                     
Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota.
Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo.
Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida.
Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros.
Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera.
Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade." 
     Joaquim Pessoa   



segunda-feira, 21 de maio de 2018

Penicheiradas em (mete) dó maior

Se, enquanto cidadão, procuro não me alhear dos eventos que, de alguma forma, o meu Estado oferece com o intuito de me aproximar às suas instituições, enquanto ex-militar e penicheiro, procurei, naturalmente, aproveitar algumas das actividades proporcionadas em Peniche pelas comemorações do Dia da Marinha.
Então, da panóplia de acontecimentos comemorativos ao dispor e convenientemente publicitados pela Marinha Portuguesa e pela Câmara Municipal de Peniche, fiz as minhas opções de visitante/espectador.
Como não é todos os dias (nem lá perto) que, por estes mares, temos oportunidade de assistir a concertos de música alternativa por uma das melhores bandas portuguesas - como é a Banda da Armada
- corri à Ribeira Velha, na noite de 18 de Maio, para ouvir o que de melhor se tocaria da música
apropriada (pensava eu) a este tipo de agrupamento de músicos.
Azar o meu. Intercalado com meia dúzia de músicas de banda, o alinhamento escolhido foi, basicamente, constituído por adaptações de música popular portuguesa (fados incluídos), e de alguns dos mais conhecidos êxitos dos senhores Frank Sinatra e Phil Collins. Excelentemente interpretados, diga-se.
Não era o que eu expectava, mas foi o programa escolhido para dar música à massa anónima que ali foi e que parece ter gostado. Portanto, azar o meu por querer o melhor que eu sabia ser possível à Banda da Armada.

Assim como foi.
No dia a seguinte, 19 de Maio - "inserido nas comemorações do Dia da Marinha decorreu à noite, na igreja de S. Pedro o Concerto de Gala pela Banda da Armada".
Segundo a notícia (onde, por acaso, vim a saber do evento realizado), terão assistido "mais de quatrocentas pessoas".
Depois da surpresa inicial sobre este concerto que não vi anunciado em lugar nenhum, zanguei-me.
Zanguei-me por morar em Peniche-de-Cima, quase a um kilómetro do centro da cidade, zanguei-me por não ter sequer um amigo facebookiano que alertasse a malta para o concerto, zanguei-me por não ter ido à missa do terço onde a Paróquia deve ter anunciado a cedência da igreja de S.Pedro e, finalmente, zanguei-me com os três presidentes das autarquias da minha terra - da Junta de Freguesia, da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal - porque (querendo ou não) acabaram por se deixar enredar pelo espírito elitista que tanto pareceram querer combater há um ano atrás
enquanto candidatos às eleições autárquicas.
Só não me zanguei com a Marinha.
Primeiro, porque já a conheço há quarenta e cinco anos e sinto que nada mudou. Segundo, porque estava a navegar em seco - na minha terra, e, neste caso, "quer se queira, quer não, aqui mandam os que cá estão".
(Alguns, dos mesmos de sempre, pelos vistos...)


  
 

terça-feira, 15 de maio de 2018

Abu Karballo d'Al Kochete

Publicamente, a esta hora, ainda não se sabe, concretamente, quem terão sido os autores dos actos terroristas de hoje no campo de treinos do SCP/Alcochete.
No entanto, o seu autor moral, todos sabemos que ele sabe que sabemos quem é, apesar do seu recente discurso - prenhe de estupidez, pela tamanha desresponsabilização pessoal argumentada.
Quem, desde o aparecimento desta "superstar",  me tem lido e, eventualmente, duvidado das minhas teses sobre "Gruño Carballo", hoje, infelizmente, só tem uma hipótese opinativa... Obrigado! (vale mais tarde do que nunca).

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Drop inside

Foto de Zé Pedrosa.Oh my god!!!
Lá estava ela - ao sol, deitada na areia à beira-mar, aguardando-me com a disponibilidade de sempre.
Em silêncio, toquei-lhe suavemente dando-lhe a entender as minhas naturais intenções. Logo logo, sem quaisquer hesitações, peguei nela e, corpos colados, enfiámo-nos mar adentro, como se bailássemos ao som da nossa preferida sinfonia inaudível,  mas conhecida de cor.

E assim, enrolados ao sabor das ondas quebradas, viajámos pelos seus infindáveis rastos de espuma até atingir o êxtase supremo de chegar ao fim!
Oh dia maravilha!
Disse maravilha? Pois... mas acabou rápido quando, apanhados pelo súbito e violência de uma onda solitária devolvida pelo canhão da Nazaré, nos perdemos um do outro.

De rastos, procurei-a por toda a beira-mar fora. Em vão.
Por fim, zangado com o mar que a levou, chorando-a, ralhei-me:
- Quem te manda a ti,  Zé Jaquim, quereres um body "board - Pride" daqueles? 

Tu, que já nem de barbatanas t'aguentas ...!?! 
    
  

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Inequivocamente

Desisto! 
Qual amor, qual paixão, qual nada...!?
Acho que foi um acaso do destino.
Isso sim, acho! 
Mas mesmo assim, para acabar com as tuas dúvidas - velho coração meio parvo – vou experimentar: 
Logo de manhã vou deixar de tomar o Concor, o Valsartan, o Calcitrin e a Viterra. 
Às refeições acabo com as dietas: bananas, abacates, melancias, ovos de codorniz, salmão e amêndoas - vai tudo devolvido ao nutricionista.
Risco os ginkgo bilobas, frutos vermelhos, canelas e gengibres de todos os meus menus.
Resultado de imagem para dead paintingsE ao deitar, nem cheiro de ginseng em chá, infusões ou pastilhas para o colesterol.
Depois... depois, passados uns dias veremos.
Se, sem te ver, ouvir ou falar, voltarem os batimentos descontrolados do coração e a falta de ar, se as pernas começarem a articular dolorosamente, se não me recordar das mudanças do carro, da senha do multibanco ou do teu número de telefone, se... e se... e se... 
Morri. 
Afinal não era amor!

sábado, 28 de abril de 2018

Afinal havia outra

Foto de Zé Pedrosa.
Ontem, tal como foi divulgado em diversos perfis individuais e páginas penicheiras das redes sociais, o Diário de Notícias (on line) publicava um artigo sobre o Forte de Peniche, a que o suposto autor,
"3,4 milhões para revelar a Auschwitz portuguesa" 
E, no desenvolvimento da notícia, o seu autor revelava que o ministro da Cultura, Luis Castro Mendes, considerou que o Forte de Peniche tinha um "valor na memória nacional comparável ao campo de concentração de Auschwitz enquanto lugar de práticas de sofrimento devido à repressão do anterior regime".
Ora, perante tamanha desfaçatez ministerial, aqui deixei o meu veemente protesto, que acompanhou uma série de opiniões na rede, mais ou menos no mesmo sentido.

Hoje, qual não é o meu espanto quando, ao reabrir a mesma notícia - pelo respectivo link - deparo com os mesmos artigo e foto, mas com o título:
"3,4 milhões para não esquecer Peniche, o maior símbolo do sistema prisional fascista"
E, o melhor de tudo, a consideração do ministro da Cultura passou para:"existe um turismo especializado e que a visita a um Museu da Resistência e da Liberdade terá como é a visita a museus idênticos que há por esse mundo e lugares de memória, desde Auschwitz a outros". 

É claro que não tem o mesmo sentido, e, muito menos, a mesma carga polémica.
O que me preocupa, é o que terá levado a esta tamanha rotação textual. O que ou quem...
Portanto, como não me apercebi de qualquer eventual justificação ou pedido de desculpas pela correcção verificada, suponho que a primeira versão seria verdadeira. A segunda - e definitiva - será a politicamente corrigida (ou é correcta que se diz agora?).
Assim sendo, e como já notei que uns comentários sobre o assunto foram retirados à pressa... desculpe senhor ministro, mas não peço desculpa sem que, antes, alguém me peça desculpa por me ter levado a escrever o que escrevi, especialmente, na adjectivação.
  

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Peniche não foi Auschwitz nem Gulag

Nós, penicheiros, já percebemos que a solução governativa - que nos foi imposta - para a Fortaleza de Peniche fez parte do caderno encargos assumido pelo Partido Socialista (nacional) no contrato da GERINGONÇA celebrado com o Partido Comunista Português. 
Nós, penicheiros, também já percebemos que a "ideia" quando foi sufragada em petição por uma mão cheia de assinaturas da Esquerda - tipo caviar e outros epítetos de intelectualidade "mais à frente" - daria corpo à velha aspiração do PCP em fazer da nossa fortaleza um santuário comunista por excelência.
Nós, penicheiros, descendentes dos penicheiros que durante meio século conviveram em paz e silêncios contidos com essa besta repressiva em que o fascismo salazento transformou a nossa fortaleza, resignámo-nos há um ano e meio atrás com a prepotência demonstrada pelo governo central.  
Mas quando o ministro da Cultura, Luis Castro Mendes, tem a desfaçatez de considerar que o Forte de Peniche "tem um valor na memória nacional comparável ao campo de concentração de Auschwitz enquanto lugar de práticas de sofrimento devido à repressão do anterior regime", nós, os penicheiros, temos o dever de protestar veementemente contra uma de duas coisas: ou contra a (aparente) ignorância ministerial sobre as práticas repressivas da PIDE/DGS no "Forte de Peniche", ou contra o exorbitar da subserviência da Cultura geringonceira ao comité central do PCP.
Esperemos pois que o ministro se retrate e peça desculpa a todos os Penicheiros, fartos de ver a sua terra constantemente prejudicada por actos e omissões de carrascos do Poder e serviçais políticos.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Um presidente d'Abril

Uma oferta aos ressabiados que (ainda) acham que o 25 de Abril foi "uma revolução da esquerdalha comunista que derrubou o regime do maior português de todos os tempos..." 



quinta-feira, 19 de abril de 2018

Só falta mesmo é o trailer

A forma escandalosa como a SIC tem transmitido peças da investigação judicial da “Operação Marquês” tem fornecido material de excelência às primeiras páginas da maioria da comunicação e redes sociais, para gáudio de todos (nós) os fregueses ávidos da condenação rápida – quase sem o julgamento de lei - dos agentes que têm contribuído para bandalheira em que este país se encontra mergulhado, apesar das cortinas de fumo que as classes governante e política vão lançando.
Confesso que não fazia a mínima ideia de como se fazia a investigação criminal deste tipo de processos. E, se achei curiosa a condução do processo por forma dialogante, com o inquiridor a colocar perguntas ingénuas ou de ironia indisfarçável, seguidas de reflexões sobre as contradições verificadas ou suspeitadas, ao mesmo tempo apercebi-me da fragilidade em que tudo se pode transformar se não for provado, consistentemente.
Portanto e pelo que vi e li:
Faz-me muita confusão que a SIC - um orgão de comunicação social assente numa empresa de gente presumidamente séria e respeitadora das leis e do estado de direito – arrisque de forma tão leviana a ser condenada por crime de desobediência (artº 348 do C.Penal);
Num país em que os seus contribuintes já foram chamados a pagar 17 mil milhões de euros de ajudas à banca, é VERGONHOSAMENTE assustadora a quantidade de dinheiro, cuja proveniência ninguém consegue explicar, que se movimenta entre pessoas, empresas, grupos, off-shores dos bancos ajudados.
Quanto ao processo “Operação Marquês”... tenho para mim que o presumível inocente sabe muito; e porque esteve tanto tempo ligado ao Poder – com todos os seus tradicionais jogos, influências e malandrices - guardará muitas coisas menos boas de muito “boa” gente; então vai dar filme (ou uma série de Tês), semelhante a tantos filmes e séries televisivas que por aí andam, com estes argumento e bons e maus da fita.
Só falta mesmo é o título.
                                    
                                                   Mas adivinha-se...

terça-feira, 17 de abril de 2018

É assim?

Eu não sei se algum dia eu vou mudar
Mas eu sei que por ti posso tentar
A ti me entreguei e foi de uma vez
Num gesto um pouco louco
Sem pensar em razões nem porquês
 


O amor é assim
Pelo menos pra mim
Deixa-me do avesso
Tropeço, levanto e volto pra ti
O amor é assim
Pelo menos pra mim
Deixa-me do avesso
Tropeço, levanto e volto pra ti
                                                                                          (Hmb)

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Otorrin'amor

Foto de Zé Pedrosa. 
- Posso dizer-te uma coisa ao ouvido, querida?
- Sim, amor. O que é?
- Quero dizer-te, baixinho, que és a dona do meu coração. És a mulher mais incrível que me apareceu, sabes? Deixas-me completamente desnorteado, tu a bailarina secreta nos meus sonhos com quem adoro dançar ao sabor do vento...
- O quêêê? Importas-te de repetir, querido? É que eu tinha o amplificador auditivo desligado, amor!

sábado, 7 de abril de 2018

Eu bem disse que era por aqui

O que fiz por mim fiz por ti também.
O que fiz por ti fiz por mim também.
O que fiz tão bem fiz tão bem por mim.
O que fiz por fim fiz como faz a mãe.
O que faço agora é só o que me dá vontade.
O que fiz outrora nem sempre farei depois.
O que os que não gostam gostam é-me indiferente.
O que os que amam amam é o único caminho… e o único caminho é ir em frente.
E se o mal que fiz foi para fazer o bem… não tem mal.
E olho por mim como cuido dos outros.
E abraço-me com ou sem companhia.
E luto sem forças para as voltar a ter.
E duro como um mármore tão liso que faz escorregar tudo o que é podre.
E não estarei sempre certa, mas estou certa de que quis estar… e isso chega-me.
Chega-me para saber que não preciso de dar explicações.
Chega-me para saber que não preciso de receber explicações porque sei exactamente por onde é. E se não o soubesse ninguém o poderia saber antes de mim. O que é bom para mim é o mesmo que é bom para quem de mim gosta… e isso basta-me… e isso sobra… e isso chega. Chega! 
Cheguei. Chegámos. Eu bem disse que era por aqui. 
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Texto do livro "Vai mudar a tua vida" de João Negreiros
Imagem de Kyle Hughes Odgers