terça-feira, 29 de dezembro de 2015

(en)Rabanadas

Tinha prometido a mim mesmo que na última época festiva deste ano pouco ou nada publicaria sobre assuntos doentios, agressivos à sanidade mental (minha e dos que fazem o favor de por aqui passar), quiçá inibidores da Felicidade sugerida por todo o lado e tornada um must nas saudações interpessoais.
Tinha até em mente escrever sobre o presépio na minha última prosa do ano. Porém a prenda armadilhada que nos caiu em cima não me deixa cumprir a(s) promessa(s) - pelo menos "ipsis litteris".
Então e para não profanar o seu sentido religioso, vou excluir as três principais personagens do presépio e falar apenas sobre os três animais mais relevantes que o compõem (na noite natalícia), comparando-os com os principais actores de uma certa vida real portuguesa:

A ovelha - todos quantos de nós temos acreditado na Crise que o "sistema" justifica para cortar salários, pensões e regalias direitos sociais, aumentando impostos, taxas e obrigações fiscais em contrapartida.
A vaca - ou a BANCA que, não fora a heresia, mais parece ser vaca sagrada porque, de facto, é quem tem merecido toda a atenção, protecção e figura de adoração institucional.
O burro - todos quantos de nós, apesar de todas as dúvidas que o(s) governo(s) - enquanto administrador (bem) aceite pelo "sistema" -  nos  tem suscitado ao longo da "revolução... em curso" continuamos insistindo no acreditar que a solução só pode passar pela mesma gente, pelas mesmas regras, pelo perpetuar da racionalidade do "sistema", ou seja, pela mesma m**** (Natal é Natal, não há desrespeitos). 
Resta-me agradecer ao jornal Expresso (Pedro Guerreiro e Isabel Vicente) o excelente trabalho publicado este fdsemana com o título "o diabo que nos impariu" - um hino à sem vergonhice institucional de leitura obrigatória. 

  

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

As trampas de Trump

Com a esperança de ver em breve o trampa-remix do rapper Silva, cantado em português.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

As bombas silenciosas


Quando é que, definitivamente, se começa a chamar "extremistas da Direita radical" aos líderes da ex-PàF (PSD/CDS)?
Ou continuar-se-á a deixar passar a palavra que foi do "centro moderado e responsável" que saíram os principais actores da comédia a que temos assistido sobre a defesa incondicional dos interesses da banca e dos mercados financeiros, enquanto se menospreza o papel do Estado como regulador da economia nacional e como prestador de serviços sociais?
Por mais que a Direita estrebuche e propagandeie o contrário, começa a ser mesmo muito difícil manter a máscara, agora que emerge a participação PPCoelho e PPortas no encobrimento do buraco de mais de seis mil milhões de euros em dois bancos, enquanto que, ao mesmo tempo, tudo faziam para a consolidação da privatização da Saúde e da Segurança Social.
O futuro muito próximo irá, com certeza, levantando o véu à ingenuidade sacro santa com que os políticos se mascararam enquanto governantes.
Espera-se que o futuro, mais próximo ainda, comece de facto a penalizar toda essa cáfila de terroristas de colarinho branco e gravata que, aos poucos, vem destruindo o país e o sonho de milhões de portugueses. Silenciosa, mas eficazmente!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A prenda armadilhada

O caso BANIF é mais uma prova da VERDADEIRA RAZÃO de ser da "CRISE".
Mais um ónus da ineficácia do Banco de Portugal.
Mais uma prenda armadilhada da santidade PSD/CDS.
Mais uma pedra no chinelo do actual acordo de governação.
Mais um condicionalismo capitalista que vai ferir objectivos socialistas, obrigando um governo de esquerda a, à moda dos de direita, praticar actos de defesa de fraudes de minorias em detrimento das necessidades das maiorias.
Mais um solução à portuguesa porque "a malta aguenta".
Em suma, mais um sinal de que, se calhar, mesmo que as marés mudem, o mexilhão continuará a ser "sacrificado"...

domingo, 20 de dezembro de 2015

Domingo, dia de tomar banho e desopilar

Um xico-esperto português, daqueles (mal)paridos pelos sistemas de protecção social que vivem exclusivamente de subsídios resultantes das manobras de emprego/desemprego, aproveitou a onda de refugiados que se movimenta por toda a UE e integrou-se como refugiado sírio num grupo em migrante pela Alemanha. 
Um dia, encontrou uma fada loira oferecendo-lhe a realização de três desejos.
"OK", diz o pseudo-sírio: "desejo uma casa bonita ..."
Plufft... , no mesmo momento uma bela mansão aparece na frente do flagelado. "É sua", diz a  fada loura. “E o segundo?”
“Porreiro, pá!".” Agora, para preencher a garagem, quero três carros novos:  um de cada marca alemã.” 
Plufft..., e o último modelo da Audi, o da BMW e o da Mercedes  aparecem estacionados dentro da garagem.
"Oh meu Deus, por Alá! e agora o meu terceiro desejo: quero que você me transforme num alemão...!"
 Plufft..., a casa e o carrão desaparecem.
 O asilante:
 "Oi fada, que foi isso? onde estão a minha casa e os meu carros, hein, hein?"

 "Você agora é alemão; precisa trabalhar...!"

sábado, 19 de dezembro de 2015

Tutear Sampaio da Nóvoa


Eu não tinha (quaisquer) dúvidas, mas depois de assistir, anteontem, ao programa/SIC " A Corrida" sobre as 3 principais candidaturas à Presidência da República decidi tornar público o meu apoio à DIFERENÇA.
Ou
 seja, parafraseando aquela admirável passagem "betinha" (ao minuto 11,36) de dona Roseira: "passei a tratar Sampaio da Nóvoa por TU").



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

(muito) Boas Festas

Este ano, o menino Jesus, os pastores, os reis magos e o pai Natal vão-me perdoar, mas os meus votos de Boas Festas vão aqui ser assim. Tal e qual!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Esquerdireita

A esquerda da minoria da direita a maioria
Do centro espia a minoria
Da maioria de esquerda
Pronta a somar-se a ela
Para minimizar
Numa centrista maioria
Mas a esquerda esquerda não deixa.
Está à espreita
De uma direita, a extrema,
Que objectivamente é aliada
Da extrema-esquerda.
Entretanto
Extra-parlamentar (quase)
O Poder Popular
Vai reactivar-se, se...
Das cúpulas (pfff!) nem vale a pena
Falar, que hão-de
Pular!
Quanto à maioria de esquerda
Ficará – se ficar – para outro poema...
(Alexandre O'Neill)

sábado, 12 de dezembro de 2015

Porque só há uma Terra

Da realização do COP21/Paris2015 saiu hoje o acordo (finalmente vinculativo) possível resultante da cooperação de 195 países  sobre Alterações Climáticas (COP21), que se “comprometem a caminhar para uma economia de baixo carbono e tomarem medidas para limitarem o aquecimento global da atmosfera até 2100 a 1,5 graus centígrados, em relação aos valores médios da era pré-industrial”. 
Imagens daqui
Apesar de só entrar em vigor daqui a cinco anos, o entendimento entre as comunidades políticas e científicas prenuncia o caminhar em uníssono para um Futuro compartilhado e Ambiente compartilhado, como parecem indicar as afirmações do primeiro ministro da Índia (uma das nações mais poluidoras do planeta): "O resultado do acordo de Paris não tem vencedores nem vencidos. A justiça climática venceu e estamos todos a trabalhar rumo a um futuro mais verde”


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Os meus tops 2015

O fim do ano está a chegar e, portanto,começa a ser hora dos balanços.
Como, por "defeito profissional", prefiro os balanços sintéticos, aqui deixo as minhas séries televisivas de eleição em 2015.
 ***** (cinco estrelas - todas elas)


domingo, 6 de dezembro de 2015

Et maintenant?

Clikimagem


-Allons enfants de la Patrie
Le jour de gloire est arrivé !
.........
-Aux armes citoyens
Formez vos bataillons
Marchons, marchons
Qu'un sang impur abreuve nos sillons

(La Marseillaise)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Negócios à parte, viva a Amizade!

Nunca pensei que fosse assim.
Assim, todos a envelhecermos, claro!
Com a maior parte de nós a crescer para o lado, a engelhar a pele, a memória e os sentidos.
Uma ou outra calvice amenizada com barba crescida, meia dúzia de rugas disfarçadas com os cremes milagreiros dos babosos caracóis, as artroses, gota e espandiloses a espreitar por todos os lados; enfim... só coisas à vista desarmada - porque o colestrol, a tensão arterial, a colite ou o hemorroidal também já abundam, mas não se vêem.   
E ouvir pela décima nona vez aquela histórias da fulana que sempre tentava seduzir o ... ou a daquele sicrano que só queria ser atendido pelo... ou a do beltrano que se dizia empresário de acompanhantes... e tantas mais quantas nós protagonizámos.
Dos que faltam por a morte os ter levado, quase não se fala; a ninguém apetece vincar a sua falta - tamanha foi a marca que nos deixaram. 
Tamanha é a dor que nos cala.
Tamanha é a saudade que temos dele(a)s.
Tamanha é a sua presença entre nós.   

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

... e a ESQUERDA agradece.

Apesar de ter substituído o debate parlamentar sobre o Programa de Governo por uma vexante e grosseira sessão de insultos gratuitos e trocadilhos infantis, a DIREITA, agora feliz e definitivamente protagonizada pelo PPD-PSD e CDS-PP, insiste na "falta de legitimidade política" do actual governo, com os seus principais franco-atiradores, em vez de discutirem política, a ocuparem o tempo de debate parlamentar com shows de demagogia barata, transformando esta sessão da Assembleia da República num triste espectáculo do mais puro stand-up comedy.
É claro que, com este espírito de virgindade ofendida, no final, o seu cúmulo masoquista teve o resultado merecido.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Numa mulher não se bate, nem com uma flor




Que nada nos defina.

Que nada nos sujeite.

Que a Liberdade seja a nossa própria substância!


(Simone de Beauvoir)

terça-feira, 24 de novembro de 2015

O ás de Costa


Não sei qual terá sido o teor da carta do PS/ACosta entregue a Cavaco Silva.


Mas que o homem parece ter gostado, parece.




E deu resultado. Finalmente!!!

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Paciência doméstica


"Toda a gente sabe que os homens são animais
                                          e cheiram muito a vinho
                                                       E nunca sabem o caminho
                                                                 Na na na na na, na na na na..."

(Miguel Araújo - Os maridos das outras)



domingo, 22 de novembro de 2015

Uma anedota (apenas isso)

Excerto (imaginário) de uma entrevista de um jornalista da CMTV a um guerrilheiro do Califado:
- Se os americanos, os russos, os ingleses e os franceses invadirem o Califado o que é que vocês vão fazer?
- Vamos dar graças a Alá, porque se nos envia tantos infiéis é porque são bons para comer!
- Mas olhe que podem ser muito indigestos...!?!
- Pois podem, mas então é porque Alá não sabia que a carne  era de porco!

sábado, 21 de novembro de 2015

Fezes de sábado à noite


E vão três seguidas!
Decididamente, continuar a ver o SLBenfica naquela táctica manhosa de "defender, defender e esperar que o adversário ofereça qualquer coisinha" é muito doloroso. 
Se eu fosse sportinguista, aguardava pelo Natal; não o sendo, resta-me esperar que o futuro governo da esquerda caviar tenha a coragem de satisfazer as demandas do Gruño Carballo e decrete a descida de divisão do SLB: aí, pelo menos, teremos equipa a condizer.
Fui...

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A ordem criminosa


"Muros grandes, para que os privilegiados possam seguir sendo a minoria que manda e os outros se resignem a ser a maioria que obedece."
 (Eduardo Galeano)




segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Cavaco Silva tem razão

"Passou-se! " - dirão os meus correligionários.
"Finalmente converteu-se!" - aplaudirão os meus adversários.
Nada disso, camaradas. Nem pensem, amigos!
Trata-se, apenas, de uma constatação:
- Há quanto tempo está o país, a bem dizer, sem governo? Em Junho já só se gastava tempo em actos de pré-campanha eleitoral. Em Julho e Agosto partilharam-se as férias e as viagens com os passeios-comícios-jantaradas. Em Setembro todos os governantes e governantesinhos deram o seu tempo em prol da campanha PàF.
Depois, em Outubro, eleições, contagens, subidas e trambolhões deixaram o país a boiar... Entretanto, com mais de quinze dias passados de Novembro sem solução governativa à vista, na prática, Portugal já vai com SEIS MESES sem governo.
Então, perguntemo-nos:
- Tem faltado a luz, a água, a gasolina, o leite, o peixe, a carne, a bjeca, os medicamentos, o ordenado/pensão/reforma no fim do mês, os programas de TV com chamadas de custo acrescentado, o Correio da Manhã, o futebol, as telenovelas, etc., etc., etc.?
- Os criminosos (os pequenos, claro!) não têm sido presos, a Justiça não continua a mesma, os bombeiros não têm socorrido as aflições, os hospitais não continuam a tratar os doentes com a velocidade lentidão do costume, as máquinas multibanco não continuam a dizer "por favor, retire o seu dinheiro", etc., etc., etc?
Afinal o que nos faz falta?
Saber se os impostos vão para os buracos do BPN ou do BES? se o PIB ainda dá para ser mais hipotecado? se o Tratado Orçamental está a ser cumprido? se vamos mandar uma fragata para a frota da NATO, se a nossa classificação de risco de crédito é Lixo, próLixo ou quaseLixo? etc., etc., etc.?
E...? À séria...?
Bem, à séria, à séria, temos que ser honestos e admitir que não temos precisado de Governo para nada.
O país está entregue. A quem, não se percebe bem, mas devem ser gajos (e gajas) muito bons, bem caucionados e com excelentes garantias dadas: ao presidente Cavaco, aos mercados e, claro, ao$ dono$ di$to tudo.
Portanto, qual será o problema se, para ¿cumprir? a Constituição - aquela coisa "antifascista da periferia do euro que é um empecilho"(como afirma a JPMorgan) - for preciso esperar mais seis meses para tentar que os mesmos do costume garantam o mesmo do costume aos outros sempre mesmos do costume?
"No problema, señor presidente!"

(com forte sotaque venezuelano, s.f.favor) 
     

sábado, 14 de novembro de 2015

A Grande Substituição

Não é possível ficar-se indiferente ao que ontem se passou em Paris, ao que anteontem se passou em Beirute, como, por certo, não foi possível a indiferença a Nova Iorque, Madrid, Londres, etc.
Verdade seja dita que também não deverá ser possível qualquer indiferença aos conflitos que vêm devastando o Médio Oriente,  nomeadamente ao que recentemente é conhecido como a crise Síria
E ser indiferente é perceber também, sem qualquer fundamentalismo, o recente fenómeno migrante na Europa e hoje - agora mesmo - retirar ao documentário aqui publicado os seus tiques xenófobos e obrigar-se a defender que a sua lógica da "Grande Substituição" (ou multi-aculturamento) não seja negligenciada em sua casa, na sua cidade, no seu país.
Sob pena de, por inacção, fazer parte da agonia por que passará a sobrevivência da Europa monocultural onde nascemos.





sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A máquina do 1º andar

Havia dias (e muitas noites) que a vizinhança se mostrava desconfortável com a situação.
O chão e a parede que estremeciam às vezes, com o que parecia ser brutalidade imprópria entre quatro paredes. Aqueles sons ritmados e cíclicos que duravam minutos e minutos sem parar. Havia até quem, meio escandalizado, comentasse: 
-Aquilo não é humano! Coitada da rapariga! O que ela deve sofrer!
Cruzavam-se com ela na escada e com aquele olhar meio consternado meio solidário arriscavam : 
-Nem sei como resiste! 
Ela meio envergonhada sorria e respondia :
-Desculpem o barulho, mas às vezes não resisto! Custa-me incomodar mas sabem que há necessidades das quais não consigo abdicar!
Sabiam-na em casa logo que voltava aquele reboliço sem hora, aquelas batidas na parede e no chão.
A vizinhança mais assanhada comentava em voz baixa:
-Aquilo deve ser cá uma máquina. É que não pára! Anda ali naquele ronhónhó, depois dá-lhe aquelas fúrias e volta ao mesmo e … não pára! Não há-de a moça andar cansada!
Um dia todo aquele frenesim, como que por milagre, parou. Cruzando-se com ela na escada arriscaram a pergunta :
-Não é fácil, pois não, ter uma coisa assim em casa? Precisava talvez de descansar!?
Ela, gentil respondeu:
-Oh! Que se há-de fazer! Foi bom enquanto durou! Agora, por uns dias, vai ter que ser à mão!
Que escândalo !
Afinal que se passara de tão dramático? Seria doença? Esgotamento? Então ela sentia a falta? E à mão? Isso não parecia correcto !
-Oh minha querida! Desculpe a pergunta mas … foi grave? Precisa de ajuda?
Por momentos vacilou mas acabou por suspirar : 
-Kaputt! Gripou o motor! Conhecem algum técnico de máquinas de roupa? É que o inverno está à porta e a centrifugação e secagem fazem tanto jeito…
                                                                                                             (Net - Autor desconhecido)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A consolação de PPCoelho




A petição pública mais recente propõe ao presidente Cavaco Silva que condecore Pedro Passos Coelho com uma ordem honorífica a condizer com os serviços prestados aos país:


- A Grande Cruz que os Portugueses Carregaram às Costas!    

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Descansado? quem, eu?

"Não largues esta mão no torvelinho Pois falta sempre pouco para chegar Eu não meti o barco ao mar Pra ficar pelo caminho Cá dentro inquietação, inquietação É só inquietação, inquietação Porquê, não sei Porquê, não sei Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer Qualquer coisa que eu devia perceber Porquê, não sei Porquê, não sei Porquê, não sei ainda Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer Qualquer coisa que eu devia resolver Porquê, não sei Mas sei Que essa coisa é que é linda"


domingo, 8 de novembro de 2015

A noite em que fiz as pazes com Rui Manuel Gaudêncio

Só pra te dizer, Rui, que anteontem estive na Arena da celebração dos teus 35 anos de carreira e que, com muito agrado te ouvi cantar durante três horas seguidas, mesmo quando (justamente) "derivaste" por B.B.King ou Carlos Santana.
Tão pujante, honesto e sóbrio que te perdoeei os maus encontros que tivémos no Rock in Rio de Lisboa e na festa de Nª Sª da Boa Viagem em Peniche.
O prometido foi devido. Obrigado, Rui. Assim nunca mais me vou esquecer de ti!


sábado, 7 de novembro de 2015

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O jocker da opus dei

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna."


(S. Francisco d'Assis)

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Fezadas



Um dos fregueses mais crentes da minha freguesia/paróquia ia todos os dias à igreja pedir para que lhe saísse o €uromilhões.

Aproximava-se do altar, ajoelhava-se perante Cristo e rogava:
- Senhor, por favor, ajuda-me a ganhar um jackpot do €uromillhões!. 

Durante anos todas as suas orações culminavam com este pedido até ao dia que, Cristo, farto de ouvir aquele chato, do alto da sua cruz gritou:
- Eu ajudo-te, mas pelo menos jogaaaaa!!!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Dominação submissa

"Será que para ser bom cidadão bastará cumprir à risca o que seu avô ensinou ao seu filho, o que seu pai lhe ensinou a si e o que você ensinará ao seu filho: como ser dominado e não se opor a esse absurdo?"

domingo, 1 de novembro de 2015

Santos de encomenda

O jazigo ficara impecável: as lápides branqueadas, os metais areados e as flores bem intercaladas com a verdura, as romãs e as tangerinas trazidas pelo da feitor da quinta dos Victorianos.
Para concluir, acendeu duas velas brancas e, completando tarefa encomendada, rezou pelo eterno descanso dos pais do senhor engenheiro.
Cansada, Marcolina ligou o telemóvel dando conta do serviço prestado, perguntando-lhe se a factura levava número de contribuinte.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

No lugar certo

Coelho e Portas já lá estão (quase...),
o Cavaco pra lá caminha


e o Sequeira?
                                       vai (aqui uma ajudinha?

domingo, 25 de outubro de 2015

sábado, 24 de outubro de 2015

O tempo e o que nós dele fazemos


O tempo, o meu tempo, vai escasseando para debates sobre gostos, opções, camisolas e emblemas .
Já não tenho tempo para alimentar egos inflamados, lidar com gabarolices e invejas. Já não consigo tolerar a mediocridade.
Já não tenho tempo para debates sobre vírgulas, reticências e pontos - interrogados ou exclamados.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançar sobre confrontações e desafectos.
O meu tempo - o que me restar - quero partilhá-lo com gente que ria de si própria, não se considere eleita para a eternidade, defenda a dignidade dos marginalizados e cultive a humildade.
Caminhar ao lado dessa gente humana nunca será perda de tempo.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Assim, à moda de Herodes

Senhor presidente,
Tal como se esperava (e desesperava) v.exa. teve a bondade de prorrogar a agonia política dos seus pares indigitando-os a formar o governo.
Quanto a mais este respeitável lapso do seu vergonhoso mandato presidencial, a história julgá-lo-á.
Eu não!
Eu apenas desejo que v.exa. tenha um bom ó-ó, como, aliás, tem tido no que respeita às grandes decisões sobre a vida dos seus concidadãos - daqueles que não comem da NATO, nem da UE, nem dos Tratados e Mecanismos ou Uniões Bancárias e Pactos de Estabilidade e Crescimento.
Não comem, mas pagam, senhor presidente!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Por falar em golpes de Estado...


Em 2011 a instabilidade política causada pela minoria parlamentar do PS e pela dívida pública em 94% do PIB,  Cavaco Silva desaprovou e forçou eleições antecipadas.

Em 2015 com a instabilidade política inerente à minoria parlamentar do PàF (PSD+CDS) decorrente das eleições legislativas e com a dívida pública em 130% do PIB, o que fará Cavaco Silva?


Deixe aqui o seu palpite.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sombras

Jardim do Museu do Hospital de Caldas da Rainha


"A minha sombra sou eu, ela não me segue,eu estou na minha sombra e não vou em mim.

(...)

Faço por confundir a minha sombra comigo:estou sempre às portas da vida;
sempre lá, sempre às portas de mim!"


José de Almada Negreiros