quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

2020 Remixed

Aproveitando uma das apresentações mais fiéis e poderosas das cenas que fizeram de 2020 o pior ano, provavelmente, nas vidas de quase todos nós, aqui deixo este vídeo-resumo para, em forma de agradecimento, enaltecer o esforço solidário dos que sempre têm estado nas linhas da frente, e a resiliência dos que conseguiram superar adversidades e infortúnios.


Como escreveu Clint Smith:
"Quando pessoas dizem: "j
á passámos por coisas piores antes”, tudo o que ouço é o vento batendo nas lápides daqueles que não sobreviveram, daqueles que não escaparam para ver os confetes cair do céu, daqueles que não viveram para assistir ao desfile rolar pela rua. Não ficámos todos de pé após o fim da guerra. Alguns de nós tornaram-se fantasmas quando a poeira baixou."

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Obstinação ou teimosia?

Cada vez mais se evidencia que, quem manda nas forças de segurança, são os presidentes vitalícios dos 20 ou 30 sindicatos da Polícia, da GNR e SEF, que vêm conseguindo sobrepor os interesses corporativos ao Interesse Nacional.
Semana a semana a segurança interna é palco de polémicas atrás de polémicas que nos devem mais inquietar que, propriamente, alimentar divisionismos políticos.
Neste contexto, a verdade é que começa a ser difícil perceber a paralisia do MAI, cujo ministro, teimosamente ou não, insiste em manter no cargo os responsáveis directos pelo ascendente de negatividade, hoje, mais uma vez, alimentado em Évora por mais um "desentendimento" de competências.
Ser refém da honra ou da amizade não deveria justificar apego incondicional ao Poder; nem, muito menos, deveria servir para alimentar teorias conspirativas contra-governamentais da oposição ressabiada. Se Eduardo não percebe(...), António sabe-o de cor.
Portanto, obviamente...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Sexta - feira de Natal - dia de ouvir outra música

De tanto os ouvir, repetidamente nas épocas natalícias, durante anos e anos, cansei.
As músicas, as letras e as encenações nunca cansam, por causa do seu
(s) forte(s) significado(s) e mensagens que nos envolvem no clima de paz e amor (e solidariedade, diria eu) sempre tão próprios do Natal.
Mas, o Sinatra, o Nat King Cole, o Dublé, o Rieu, Carreras ou Pavarotti - e não quantos mais - que me desculpem a embirração 
(coisas da idade, digo eu)...
Hoje, ouvir cantar o Natal por Keb' Mo' é o que recomendo.
Façam-me companhia e, depois, digam lá se assim não apetece também cantar (e dançar, ou, pelo menos, bater o pézinho...):

 "MERRY MERRY CHRISTMAS, LIFT UP YOUR VOICE AND SING"


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Ode à incompetência monumental

Em tempos pensei que viver rodeado de mar por (quase) todo o lado, poderia ser a justificação mais razoável para uma certa aversão à Diferença que caracteriza uma pequena parte dos meus conterrâneos.
Felizmente, com a aculturação trazida pelas novas tecnologias do conhecimento, o fenómeno denota um ligeiro decréscimo - revelando ainda uma contida "abertura de mentes".
Vem tudo isto a propósito do desastre de ontem, provocado no monumento ao Homem do Mar pela incúria e irresponsabilidade que, entre outras, as coisas da Cultura vêm merecendo do executivo que gere a Câmara Municipal, culminou com o DESAPARECIMENTO puro e simples de um dos maiores e reconhecidos  ícones penichenses.
Ora, por muito que custe, tem havido boa gente (e gente boa) para quem este atentado cultural não passa de um acertar contas com a "injustiça de terem confundido o Homem do Mar com o Torradinho"(com todo o respeito pelo saudoso Zé Luís), e que, finalmente, haverá a oportunidade de "erigir um monumento condigno com o verdadeiro pescador de Peniche".

Por isso, vou experimentar o outro lado da barricada e, antecipando-me, ao espectável lançamento da petição da silvicultura penicheira,
vou aqui sugerir que o futuro monumento substituto seja simultaneamente uma homenagem ao homem do mar, e ao homem - que também ele pescador e dirigente sindical da classe - tudo tem feito para elevar o bom nome da sua terra e das suas gentes, através da sua prestação política, sempre de forma muito desinteressada e honesta, enquanto autarca, e, principalmente, na sua qualidade maior - quer de Junta de Freguesia,  quer de Câmara Municipal.
A base do monumento está vazia, a sugestão arriscada.

Venha de lá o rei da malta!

                                            Provavelmente nu, mas isso pouco (me) importará!

_______________________________

PS: O respeito e apreço que o pescador e homens do mar me merecem, jamais deverão ser aqui questionados. 
Esta rábula é dedicada à ala radical de uma certa sub-cultura local, especialmente aos que, corajosamente, se identificam com ela através da desconsideração ofensiva por outras ideias, gostos ou opiniões.



domingo, 6 de dezembro de 2020

Domingo, dia de tomar banho e de livres arbítrios

Um dia destes, navegando pelo indiscreto mundo da internet, tropecei na curiosa teoria conspirativa sobre o porquê de os dedos de Deus e Adão não se tocarem no famoso fresco dos primórdios do século XVI:  "A Criação de Adão" - pintado por Miguel Ângelo no tecto da Capela Sistina do Palácio Apostólico da Cidade do Vaticano.

Na pintura, é verificável o dedo de Deus alongado ao máximo, enquanto que o dedo de Adão está contraído.
Então teoriza-se que o "sentido da obra de arte é explicar que Deus está sempre lá, mas a decisão é do homem. Se o homem quer tocar em Deus precisará esticar o dedo, mas, ao não esticar o dedo, poderá passar a vida inteira sem procurá-lo". 
Concluindo que "a última falange contraída do dedo de Adão representa o livre arbítrio".
Apesar de não ser a Igreja Católica a abordar sequer esta possível significação, também é verdade que não a contraria - deixando assim o arbítrio subliminar da mensagem ao bel-prazer dos fiéis ou não...

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Em dia de restauração...

A crer na (aparente, porque terá sido, politicamente, assim "pensada") importância que está a ser dada comunicação e redes sociais à situação de bares, restaurantes e discotecas, parece que estão a querer dar razão àquele holandês (presidente do Eurogrupo) quando nos acusou de viciados em "comes, bebes & gajas".

Não existirão mais empresas e empresários de outros sectores de actividade económica em risco, que justifiquem campanhas mediáticas tão merecedoras da atenção dos portugueses?


quarta-feira, 25 de novembro de 2020

(re)Clicar para não esquecer

Quarenta e cinco anos depois, cada vez me convenço mais de que, não fora o 25 de Novembro de 1975, e a Democracia conquistada em 25 de Abril de 1974 jamais seria o que é hoje - com todos os seus defeitos e incongruências.
Por isso, seria bom que atentássemos às mensagens e mensageiros do revanchismo salazarento que, todos os dias, aproveitando a liberdade que tanto contestam, nos cheg@m por todas as formas comunicativas.


Clicar Imagem

 

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

INVISÍVEL HERÓI

Fernando Pessoa

Tenho tanto sentimento 


Tenho tanto sentimento

Que é frequente persuadir-me

De que sou sentimental,

Mas reconheço, ao medir-me,

Que tudo isso é pensamento,

Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,

Uma vida que é vivida

E outra vida que é pensada,

E a única vida que temos

É essa que é dividida

Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é verdadeira

E qual errada, ninguém

Nos saberá explicar;

E vivemos de maneira

Que a vida que a gente tem

É a que tem que pensar.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

A guerra dos sem anos?

 "O PSD quer as Forças Armadas ao comando das operações do combate à pandemia. Não diz exatamente a que operações se refere, mas apresenta argumentos para esta proposta." (Diário Notícias 13/11/2020)

Ah pois!!! (obrigado ao psd por lançar a discussão).
Há quanto tempo ando eu a clamar que o "fdpCovid19" deveria ser tratado em regime de estado de guerra?
Nós, Portugal - país e paisanos - precisamos mesmo é de trocar a leveza das sapatilhas da moda, pelo peso das botas cardadas! Vai doer? Ah pois vai! Mas assim, acabar-se-ão as reclamações, as opinações interesseiras, as dualidades, as considerações e, extremando, as hesitações constitucionais.
Porque guerra é guerra!
E esta não é à Solnado; é real, portuguesa, europeia e mundial. 😷


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Traduções à letra



Se


Se és capaz de manter a calma
quando o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa;

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso;

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
tratar da mesma forma a esses dois impostores;

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
em armadilhas as verdades que disseste,
e as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única parada
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
e perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida;

De forçar coração, nervos, músculos, tudo
a dar seja o que for que neles ainda existe,
e a persistir assim quando, exaustos, contudo
resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
e, entre reis, não perder a naturalidade,
e de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade,

E se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo o valor e brilho,
tua é a terra com tudo o que existe no mundo
e o que mais - tu serás um homem, ó meu filho! 
 
 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

A Caranguejola

 Nos Açores, possível descoberta da vacina anti-geringonça.

Aguarda-se apenas o entendimento dos cientistas da Direita...


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

F(r)ICÇÕES

 
Naquela 3ªfeira
(1971) o Tó Avelar fez gazeta. No grupo de estudo ficámos apenas nós dois: eu e Teresa Belmonte, tentando, desesperadamente, tarde adentro, melhorar os conhecimentos vendidos pelos mestres da computação IBM durante as aulas semanais de Lógica Aplicada, RPGII, FortranIV e Assembler, cujo exame final seria daí a três dias.
Noite feita, infalivelmente, surgiu "o que vamos jantar?"; e, infalivelmente também, a proposta gasta de "vamos ali ao Noite & Dia picar qualquer coisa".
Cumprido o snack, caminhámos em silêncio, Duque de Loulé acima,
(eu) sem vislumbrar alternativa ao Mah-Jong com que (a três) sempre findávamos o dia de estudo. De repente atirei: 
- Que andas a ler, Teresa?
- Ficções de Jorge Luís Borges
(suficientemente espanholado), conheces?
- Não, mas parece ser autor espanhol, não?
- Argentino, muito bom. Queres conhecê-lo? Vamos lá a casa. Vais gostar! 
E fui.
E gostei. Não do livro, porque acordei, às duas ou três da madrugada, com ele a magoar-me as costas nuas. Gostei dos argumentos da sua leitora e, principalmente, da forma desafiante com que, então, me que confrontou:
 - ¿te gusta? (suficientemente espanholado)
________________________________________________________

(É claro que, anos mais tarde, conheci, de facto JLBorges, lendo as suas "Ficções". Mas hoje, passei por "ele" num escaparate e não resisti. Trouxe-o para uma leitura mais atenta - como são sempre as releituras. Borges merece-o. Teresa Belmonte, também!)


 

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Nobel Literatura 2020

LOUISE GLÜCK, poetisa e ensaísta norte-americana, ganhou hoje o Prémio Nobel da Literatura. Nasceu a 22 de Abril de 1943, em Nova Iorque, neta, pelo lado paterno, de judeus húngaros. Apesar de praticamente desconhecida em Portugal, encontram-se três poemas seus em bit.ly/34Eo7vs, dois, traduzidos por Rui Pires Cabral e publicados, em 2009, na revista “Telhados de Vidro” nº. 12, da Editora Averno, e outro, “mudado para português“, por Francisco José Craveiro de Carvalho.

"Era um tempo
de espera, de acção suspensa.

Eu vivia no presente, que era
a parte do futuro que podíamos ver.
O passado pairava sobre a minha cabeça,
como o sol e a lua, visível mas inalcançável.

(mais aqui)




sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Abjecções de consciências

Isabel Moreira, num curto, mas excelente artigo sobre a hipocrisia que contamina o actual movimento (da direita ressabiada e seus pares) a favor do direito à objecção de consciência relativamente ao tema Educação para a Cidadania, escreveu ontem no Expresso: "ainda sou do tempo em que a escola me obrigava a frequentar as disciplinas clássicas e a frequentar a escola da vida, essa que me dizia, sem contraditório, dos “maricas”, dos paneleiros”, das “putas” que se punham a jeito, do “ homem não chora “, do “preto da Guiné“, do “cuidado com o cigano“, do “não sejas judeu“, a escola do eu e os outros".
E eu, aluno da mesma escola, em vez de aí aprender (p.e.) a ler Redol, Natália Correia ou Sartre, a ouvir Zeca Afonso, Baez ou Ferré e a ver Macedo, Godard ou Buñel, ainda fui obrigado a frequentar uma formação criada à imagem e semelhança da praticada pelas ditaduras recém vencidas pela Democracia, baseada no pensamento único de um chefe único, em nome e a bem do seu Estado. 
Como se tanto não bastasse, pecadores como eu catequizavam-me com o medo pelo pecado da carne - "pensado ou cometido era indiferente, merecia castigo" - diziam...
Por tudo isto, tardiamente e à minha custa, percebi que havia (muito) mais vida para além daquela programada pela estranha triologia do "Deus, Pátria e Família" tão redutora quanto salazarenta.
Tardiamente, é certo - graças à família, aos amigos e a mim próprio - aprendi a puder fazer escolhas, fugindo às unicidades educacionais a que o Estado, enquanto seu principal instituidor, me obrigou. 
Um pouco tardiamente aprendi a pensar, a escolher e a, bem ou mal, decidir; mas, portanto, completei o teorema: Existo!

domingo, 30 de agosto de 2020

Os EUCALIPTOmens

Há homens que, pelas suas características comportamentais junto da Sociedade, nos levam a compará-los com o eucalipto - por ser uma espécie que se destaca por secar tudo à sua volta.
Sendo indivíduos, por regra, com assinalável facilidade de expressão e  relacionamento, delicados e que, geralmente, conhecem muito bem o ambiente e o seu auditório
 a quem, com simplicidade, transmitem as suas ideias, recorrendo a frases feitas e narrativas exaustivamente multiplicadas.
Rodeiam-se de correlegionários, de obediência inquestionável, a quem, pontualmente, atribuem uma aparente liberdade de discussão - sempre encerrada com a sua razão - exortada pela sua eucaliptal voz dominante.
Dispõem dos "fiéis” como peças (brancas e/ou pretas) pelos vários tabuleiros do xadrez em que jogam, sempre atentos às jogadas que os ofusquem e retirem do centro das atenções; assim controlando as diversas organizações do seu ambiente
De enganos raros - porque do lado certo(...) estão sempre atentos a veleidades ou movimentações que suscitem o aparecimento da diversidade,  inventam  sempre as desculpas e os responsáveis pelas eventuais promessas incumpridas – chegando a viciar factos para tentarem criar a ilusão de que tudo está bem no ambiente que os envolve.
Mesmo que o deserto avance, obstando ao desenvolvimento renovado de causas e comportamentos.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Os orgiastas

Os quinze mil milhões de euros (+-) que o Fundo de Recuperação da UE garantiu a Portugal em subvenções para resposta à crise do Covid19 é muito dinheiro! 
Mesmo não havendo certezas sobre a sua suficiência para cobrir as crises, económica e social, que se avizinham rapidamente, uma coisa é certa: as "famiglias-que-governam-isto-tudo" estão ávidas de meter as mãos no cabaz (como dizia o meu querido e saudoso amigo Vidaúl). Vai daí, que mais haveria a fazer senão recorrer às velhas amizades político-partidárias e cobrar o "what are friends for"?
Não se pense, portanto, que serão erros governativos e/ou a pandemia os principais causadores da actual agitação política, diariamente lançada com uma polémica sobre a vida do país, questionando um funcionário público, enxovalhando um secretário de estado, desprimorando um ministro, ridicularizando um deputado e, até, desdenhando as instituições do Estado e a própria democracia. 
Neste momento toda a gente conspira contra tudo e contra todos para entrar bem posicionado na fila da repartição dos €€€. Ou para participar na "orgia financeira" que o incompetente insuspeito(...) Durão Barroso proclamou, ao mesmo tempo que lançava a criação de uma comissão de controle dos Fundos (talvez por si presidida...) junto da Assembleia da República.
Porém, neste contexto há os partidos parlamentares que - à direita e à esquerda- corajosamente (porque não dizê-lo), se batem de peito feito: dando a cara, explanando ideias e propostas em farto antagonismo com o poder dominante; e depois há o que, pelos vistos, optou pela via mais hipócrita das "duas caras". Uma, tipo polícia bom PPD/PSD Portugal com esta página de facebook: levantando questões de justeza e pertinência em todos os contextos da vida política nacional,  a outra via, tipo polícia mau, com esta página de facebook de nome PSD Europa: recorrendo às formas mais baixas de fazer política, com vários atiradores furtivos a disparar imbecilidades e muitas notícias grávidas de dúvidas que deixarão os snipers de André Ventura roídos de inveja.
E a procissão ainda nem saiu da igreja...
E, pior, acredite-se ou não, o "diabo chamado covid19" continua bem à solta a infectar o mundo: aniquilando pessoas, destruindo economias e a instalar desassossegos. 

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Vai ficar o quê?

Durante as últimas três semanas tive a oportunidade de frequentar duas unidades hoteleiras ****  - uma no concelho de Loulé, a outra no concelho de Sintra.
E, se na algarvia senti todo o peso do corona-vírus a controlar respeitável, mas responsavelmente, a minha primeira aventura fora de casa desde meados de Março deste ano, na segunda - na "temível" região de Lisboa e Vale do Tejo - a irresponsável descontracção com que se zelavam as regras do desconfinamento, quase que me obrigaram a confinar fora de portas, tal a negligência com que, diariamente, convivi.
Parece, portanto, que não basta à DGS encher os meios de comunicação social e os locais públicos e privados com avisos, regras e conselhos; que não temos de acreditar em tudo o que nos é dito por gente responsável, tipo "os transportes públicos não são importantes na transmissão do covid19"; que a opinião dos epidemiologistas deve ser mais fiável que a do primo do nosso amigo que é namorado de uma enfermeira, que isto, que mais aquilo... 
A verdade deste coronavírus, por enquanto, é só uma: é uma pandemia, não tem vacina de eficácia comprovada e efeitos secundários conhecidos na sua totalidade. Então, apenas a prevenção cujas regras são por demais conhecidas, nos podem dar algum conforto.
Mas temos de estar todos conscientes do jogo que jogamos, das cartas que podemos pôr na mesa, dos pontos que podemos ganhar e, principalmente, dos pontos que podemos perder - a vida, neste caso!

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Prada? Nope! O diabinho veste de Zé Gomes

Há muito que me habituei à margem de rigor das epifanias proféticas, qual Nostradamus da Economia, do senhor doutor JGFerreira (cada um sustenta a casa como sabe e pode). Mas desta vez, o vale-tudo-dos-ressabiados no jornal I atinge a decência jornalística ao agitar, de ânimo leve, uma das piores dúvidas que podem ameaçar a sociedade: "não se pode levantar o nosso dinheiro dos bancos". Terrorismo económico, senhor doutor?
O que virá a seguir? Prever que, devido à forma como o Governo (porque socialista, claro!) vem gerindo a pandemia Covid19, vamos ter problemas de abastecimento de cerveja no verão, vão fechar as compras on-line, o xanax vai faltar nas farmácias, vem aí o decréscimo da líbido feminina ou o aumento da disfunção eréctil masculina?
Quando andamos (quase) todos, aparentemente, preocupados com as publicações que possam fomentar ódios, racismos e extremismos que tais, deixar que estes artefactos (des)informativos lancem o país em estado de desconfiança generalizada será, no mínimo, um acto de antipatriotismo.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

(how can) God bless America?

"Não uso máscara pelo mesmo motivo que não uso roupas íntimas:
as coisas precisam respirar."
Apoiantes do movimento anti-máscara em sessão especial do condado de Palm-Beach, Flórida, alertaram para o satanismo, a pedofilia e até a morte se as políticas de saúde pública estaduais - nomeadamente as normas de distanciamento e de uso obrigatório de máscara- forem aplicadas. 
Os auto-referenciados, na sua maioria, como apoiantes de Donald Trump, tal como o seu patrono, parecem não (querer) perceber a correlação entre estes comportamentos verdadeiramente terroristas e os números aterradores que o Covid19 atinge - até hoje - nos Estados Unidos (2.512.815 infectados e 126.925 mortos). 
May god protect America from this kind of americans!

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Valores

Hoje, a propósito da vandalização da estátua do padre António Vieira e no contexto do dossier colonialismo/escravatura reaberto como sequela da catarse do racismo em Portugal,  as redes sociais - actual grande mãe da opinião pública - pariram mais umas centenas de filhos, desta vez especializados em antropologia, a juntar à ínclita geração dos nossos sociólogos de vão de escada, fruto da paternidade disfarçadamente assumida em 26 de Abril de 1974 pelo  ressabiamento nacional, mas que a Democracia - apesar de todos os seus"defeitos" - permitiu vir fazendo parte da sociedade portuguesa, sem necessidade de disfarces, vergonhas ou silêncios - descaradamente, portanto. 
E foi assim que, felizmente, a liberdade de opinião - própria ou encomendada - vem proliferando quarenta e seis anos depois da revolução de Abril.
E se nós, portugueses, pode-mo-nos queixar de ainda estarmos aquém de algumas das realizações essenciais a uma nação do primeiro mundo, 
pode-mo-nos gabar de termos sabido aproveitar a Liberdade então conquistada.
Hoje, respeitando os direitos do semelhante, pensamos, expressamos e agimos 
livremente - tão livremente que nem nos apercebemos do seu valor.
Por isso,
será sempre recomendável deixar que a História nos lembre que, num passado muito recente, em Portugal não se pensava, não se questionava nem discutia sobre a trilogia do regime, nem, muito menos, sobre o senhor que a incorporava. 


s

quarta-feira, 10 de junho de 2020

O dia do tuga

Apesar de ainda haver alguns a coçar “as partes” em público, ou a usar a unha do dedo mindinho na limpeza de nariz, dentes e ouvidos, ou a escarrar para o chão; apesar de, ainda uns tantos, deitarem lixo para a rua, levarem farnel para a praia ou não praticarem a regra básica da prioridade entre pessoas, afinal, mesmo devagarinho, já vamos(...) de férias ao estrangeiro, já comemos sardinhas de faca e garfo, já nos endividamos “à grande”… enfim, estamos cada vez mais parecidos com os demais cidadãos europeus.

Mas, infelizmente, o mesmo que nos diferenciava há uns anos, teima em continuar; a baixa prática da cidadania e a fraca literacia das pessoas, a aversão ao planeamento por contrapartida aos facilitismo e  desenrascanço, continuamos a privilegiar - agora com a ajuda das redes sociais - a inveja e mexeriquice como passatempo favorito, continuamos à espera que o Estado resolva todos os nossos problemas, continuamos a não ser exigentes com quem devíamos e a achar que a corrupção é uma endemia sem cura. E, o melhor, continuamos todos a achar que somos os maiores e como nós não há igual.
Após escrever sobre nós: 
"O que os Portugueses opõem à racionalidade capitalista não é unicamente a sua inaptidão. É uma resistência. (...) Eles ficam presos às virtudes que lhes são próprias, à sua tolerância patológica, ao seu cepticismo que só cede perante o maravilhoso, à sua generosidade inconsciente, às virtudes que são talvez utópicas e que lhes custam caro porque, para o mundo do progresso, equivalem a pecados mortais. Mas voltarão estas um dia ? Este assunto não está ainda resolvido. O que defendem os Portugueses, por vezes de maneira confusa e involuntária, mas sempre com tenacidade, não é uma possessão, mas os seus desejos. É justamente o que ninguém possui. O que este povo incarna é a critica da razão. [Meditações Portuguesas” in: Ach Europa! ( Frankfurt 1987)], Hans Magnus Enzensberger concluiu que "só os Portugueses é que não gostam dos Portugueses"; mas Pessoa - o maior português de todos os tempos - soube sempre quem somos e porque o somos.

 

domingo, 7 de junho de 2020

O burro chamado Cu

 "Um aldeão entrou numa corrida com um burro chamado CU e ganhou.

O aldeão ficou tão feliz que entrou novamente noutra corrida e voltou a ganhar. É então que o jornal local publica a notícia:

“Cu do aldeão pápa os outros...

O padre da aldeia fica incomodado e pede ao aldeão para não voltar a participar em corridas de burros. No dia seguinte o jornal publica:

“Prior da aldeia trava CU do aldeão…”

Foi foi demais para o padre, que, irritado, ordena ao aldeão que se livre do burro.
Resignado, o aldeão decide presentear uma freira conhecida de um convento próximo. 
O jornal fica a saber e publica o seguinte:

"Freira tem o CU mais desejado da paróquia."

O pároco, depois de recuperar do desmaio pós-leitura, comunica à freira que se deve livrar do burro e ela vende-o por 10 euros.
O jornal descobriu o negócio e publicou:

“Freira vende o CU por 10 euros.”

A notícia abalou tanto o prior, que só o tratamento do médico da aldeia o serenou. No entanto, chamou a freira e ordenou-lhe que voltasse a comprar o burro e o libertasse nas planícies da região, deixando-o viver em liberdade.
No dia seguinte os títulos das notícias rejubilam:

Freira anuncia que o seu CU é selvagem e livre.”

O padre é enterrado no dia seguinte.


Moral:
Preocupar-se com a opinião pública pode trazer muita dor e miséria, até encurtar a vida. 
Pare de se preocupar com o cu dos outros e cuide apenas do seu. 😅



sexta-feira, 5 de junho de 2020

O vigário vigarista

Se, para qualquer cidadão do mundo, é penoso assistir à forma socialmente desigual como Donald Trump vem gerindo a USA corona-crisis, agravada pela sua versão belicista da "lei e ordem" contra a violência relacionada com o racismo endémico da América, foi doloroso, independentemente do credo religiosos professado, vê-lo de bíblia na mão - querendo sugerir ser em nome de Deus que assim tem de governar,  mesmo que em permanente conflito com os direitos básicos dos seus concidadãos.
Naturalmente, muitos cristãos já terão manifestado o seu repúdio contra Trump, mas os crentes em Deus e as suas igrejas não se podem calar como se fosse normal Deus estar na boca dos que defendem a graduação do direito à vida, dos racistas, dos que censuram e ofendem a dignidade da pessoa humana e alimentam a conflitualidade permanente.
A verdade é que já vem sendo tempo de as correntes de opinião dos movimentos católicos, sempre céleres na condenação das "ideias fracturantes" do universo materialista, mostrem, inequívoca e rapidamente, ao Mundo a sua indignação pelos sacrifícios impostos às almas norte-americanas por um vigário vigarista "invocando o santo nome de Deus em vão". 


sábado, 30 de maio de 2020

A nódoa, o pano e os velhos (mais uma vez)

O jornal Expresso de hoje publica uma reportagem sobre a forma e os resultados da Suécia no combate ao fdp do corona-vírus.
Antes de desenvolver o assunto, convém aqui referir que a Suécia tem 10.094 milhões de habitantes (Portugal 10.199 milhões); tem 37.800 infectados (Portugal 32.700); tem 238.800 testados (Portugal 812.400) e 4.400 mortos (Portugal 1.420).
A estratégia sueca passou pelo não confinamento - mantendo-se uma sociedade aberta
(social e economicamente) que, teoricamente, produziria a imunidade de grupo com melhores resultados epidemiológicos e económicos futuros. Em Portugal, foi o que sabemos e sofremos com confinamentos e o "stop-economia" consequente.
Face aos resultados acima expostos e, independentemente, do (bem) que o Futuro traga ao povo sueco, fica o reparo retirado desta reportagem
(ver foto) sobre a forma como o sistema sueco falhou com os seus velhos (ou idosos, se preferirem):
"A maioria das mortes ocorreu em Estocolmo, onde mais se privatizaram Lares em toda a Suécia. Há muitos actores que só procuram lucros. As pessoas têm de ir trabalhar, por terem instabilidade e contratos temporários, além de não terem formação e de as mandarem trabalhar mesmo estando doentes."
LAMENTÁVEL! Especialmente por se passar no país do primado do social...

Sem intenções politico-partidárias, mas não era suposto!




quarta-feira, 27 de maio de 2020

Bom dia, Diogo

Há dias em que, mal acordamos, inexplicavelmente (ou, pensando melhor, talvez não), nos apetece sacudir a monotonia da desgraça. Assim...



domingo, 24 de maio de 2020

Suplício de Tântalo (em full screen)


Não bastavam o vosso querer e o nosso não poder (ou vice-versa)? As leis da vida impondo-nos (ingratas) normas de carinho? Saber que, mesmo perto, não estamos lado a lado? Sentir que a melhor rede comunicativa é a pessoal? 
Não era suficiente (sobre)vivermos encurralados entre o vírus fdp e o medo? Acordar todos os dias com o sabor amargo do pesadelo? Não poder arriscar um passo na escuridão do nosso futuro?
Não chegava?
Deixam apenas ver-mo-nos, sem nos tocarmos, nem sentir o frio ou o calor de cada um de nós - como se fôssemos assassinos, de psicopatias enfermos. Como os deuses castigaram Tântalo.
Mas tem de ser assim; porque, depois, "vai ficar tudo bem"!
Talvez, para outros pais, filhos, netos, avós - de outras gerações. 
Para nós nunca mais ficará tudo bem.
Até porque, como estava, já não o estava!



domingo, 17 de maio de 2020

Domingo, dia de tomar banho e...

... conciliar-mo-nos com Clarice Lispector:




"Amanheci em cólera. 
Não, não, o mundo não me agrada.
A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo.
E o amor, em vez de dar, exige. 
E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. 
Mentir dá remorso.
E não mentir é um dom que o mundo não merece (...)."

quinta-feira, 14 de maio de 2020

... e um dia os extremos tocam-se

Se, para Karl Marx, qual "ópio do povo - a religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito", para Pio XI "o socialismo ergue-se sobre as bases da cobiça, ou seja, uma transgressão do nono e décimo Mandamentos".
Entretanto, a luta contra o Coronavírus tornou-se numa guerra mundial, unindo todas as nações do mundo no combate a esse fdp.
E, curiosamente - 
sem querer reconhecer méritos à pandemia que nos trespassa - a verdade é que esta globalização da necessidade parece trazer com ela a promessa de uma "conversão ecológico-humanística" (como lhe chamou o Papa Francisco) capaz de fazer da solidariedade o primado do relacionamento humano pós-Covid19.
Assim sendo, perceber-se-á o esmorecimento do antagonismo histórico e a magnitude da pacificação conceptual subentendível nesta Carta do Papa Francisco aos Movimentos Sociais - de 12/Abril/2020 - designadamente, quando afirma: "um salário universal para os mais pobres e nenhum trabalhador sem direitos".

Que assim seja!

domingo, 10 de maio de 2020

La si mol i mi

"Todos os dias há progressos, se Deus quiser havemos de ganhar este combate; há, sobretudo, que não perder o optimismo" (Idália)

terça-feira, 5 de maio de 2020

O preço da sobrevivência


Até este momento, o vírus fdp já infectou 3.673.468 pessoas e matou 253.404.
O planeta anda numa tremideira histórica com milhares de pessoas confinadas e as economias dos países em risco recessivo. O mundo tal como conhecemos até há dias atrás alterou-se, remexendo o nosso modo de vida.
Mas há que continuar. Como? Que rota deveremos tomar individual e colectivamente?
Com a "ajuda" do jornal espanhol "El País", aqui fica uma interessantíssima opinião/resposta à questão, dada por 
Stephan Lessenich - sociólogo alemão, professor na Universidade de Munique:
"O coronavirus forçou-nos a mudar nossos hábitos de consumo. Com as lojas fechadas, as pessoas confinadas e a produção parcialmente suspensas, os parâmetros do possível, o necessário e o acessível foram alterados fundamentalmente. De repente, a renúncia a alguns modos de consumo não é questão de disposições individuais, mas sim de condições estruturais.
É fácil... encontrar um lado bom para o vírus. Mas a sua irrupção brutal pode ser o princípio de um debate sobre a economia do necessário, o essencial, o vital. Precisamos de unhas artificiais, cabeleireiros caninos, futebol profissional? Quem precisa de relógios que valem tanto quanto um carro, carros que pesam tanto quanto um tanque, tanques que reprimem protestos e destroem vidas? Que produtos garantem a sobrevivência individual, que bens garantem o bem-estar colectivo, que os serviços são essenciais à reprodução social?"

Será que a linha que separava o viver do existir vai estreitar-se e teremos de nos contentar em modo sobrevivente?

sábado, 2 de maio de 2020

Ó Guedes, leva as mãos à cara e pensa!

Finda, há minutos, a entrevista/sic à ministra da Saúde, Marta Temido, apetece-me, apenas, lamentar duas coisas:
- Que Rodrigo Guedes Carvalho, de novo, não tenha conseguido fugir à linha editorial dos "ventiladores" instalados pelos pafianos e ressabiados que (como corajosamente insinua Rui Rio) equipam o universo Impresa;

- Que, pela evidente marcação política encomendada, inquisitória, atabalhoada de arrogância, Rodrigo Guedes Carvalho tenha deixado de ser o JORNALISTA que, a par de mais dois ou três, têm merecido a minha preferência de pivô televisivo;
Pois é, Rodrigo, vais para a gaveta onde já arquivei  Zézé Gomes Ferreira, Benardo Ferrão, Zé Rodrigues dos Santos e mais uns quantos. E, tal como escreveste no teu  livro Jogos de Raiva: "leva as mãos à cara e pensa: Como chegámos aqui?"

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Desconfi(n)amento


Aí está!
O desconfinamento está (bem ou mal, veremos) decidido: regrado, programado e condicionado.
Vai ser um fim-de-semana cheio de trabalho para os opinadores: todos nós os que, ao mesmo tempo, somos médicos, engenheiros, economistas, sociólogos, cientistas - de tudo um pouco especialistas.
E vamos, maioritariamente, contestar. Sim, porque ninguém vai dar  opiniões favoráveis em público. Era o que faltava!
Eu (quero ver se) não vou entrar em polémicas estéreis como as que vão inundar as redes, porque, infelizmente, toda a gente vai ter (a sua) razão; uma razão que se espera entendível numa perspectiva sócio-económica, mas também socialmente responsável, solidária.
Porque levantar o país da catástrofe que nos assola não é uma luta apenas do Estado e das suas instituições; é uma luta de uma Nação inteira - de todos nós Pátria Portuguesa.
Vai ser difícil entender? (já) Está a ser. Mas sem co-responsabilidade e solidariedade não haverá alternativa. Quer dizer, alternativa democrática!

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terça-feira, 21 de abril de 2020

Sem restrições de forma



Às vezes, como antídoto de temer a sorte, falo com as estrelas.
Deitado no chão a vê-las, pergunto se temem a morte:
o fim do brilho e luz que nos dão, sugados pela escuridão.


Às vezes, como antídoto de temer a morte, falo com Deus;
em directo ou pelos Seus, pergunto se mereço a sorte
de viver prisioneiro assim: sem Vida, sem os meus… 
                   sem mim.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

(Outras) Leituras para quem não tem mais nada que fazer

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Quanto mais tempo dura a "prisão domiciliária" a que este vírus fdp me sujeita, mais me predisponho a encontrar e perceber outras teorias, conspirativas ou não (o futuro dirá), para contrapor à teoria do "acidente/fatalidade/acaso/natureza" com que a China oficializa o seu aparecimento/propagação, a Organização Mundial de Saúde corrobora e o resto do mundo "aceita..." apesar das vozes discordantes que, pelo menos, a tentam confirmar cientificamente. 
Por isso, sempre que achar pistas interessantes que possam levar ao conhecimento de outras opiniões e teorias - suspeitosamente especulativas ou não - vou aqui partilhá-las, na tentativa de, à minha maneira, contribuir para encontrar a Verdade aceite porque óbvia e evidente, respeitando a teoria de Schopenhauer"qualquer verdade passa por três estágios: primeiro, é ridicularizada. Segundo, é violentamente combatida. Terceiro, é aceite como óbvia e evidente"


Cuidem-se!

domingo, 19 de abril de 2020

A discrepância pariu um rato

Afinal, parece que o meu post da última 5ª feira (16/04) tinha razão de ser. Não pelos considerandos sobre o actor principal da peça, mas sim pela confirmação da irrelevância do argumento teatralizado. Se não, atente-se, no comunicado emitido hoje pela Câmara Municipal Peniche, o seguinte parágrafo:"Aproveitamos igualmente este momento para reafirmar a veracidade dos números publicados, que, no nosso caso, têm correspondido sempre aos números assumidos pela Direção-Geral da Saúde."
Então, e felizmente (mas, ainda assim, lamentavelmente), os números do concelho batem certinho nas duas fontes - município e DGS. Não há "números graves" supostamente escondidos como se insinuou na reportagem da CMtv, orgão da excelência informativa sempre na dianteira da virologia comunicacional, preferencialmente contra (esta) governação...
Enfim, o comunicado da CMP esclareceu, de uma vez por todas, as dicotomias que pairavam sobre os números concelhios do fdp que nos vem violentando há cem dias.
Retratou-se o município; entretanto, as eventuais desculpas do seu porta-voz-presidente pela incorrecção noticiada, irão para arquivo na pasta das fantasias e caprichos até ao dia que perceba qual é a diferença entre respeito e submissão.